UGT exige reposição das 35 horas semanais para toda a função pública

Líder da UGT exigiu no 1.º de Maio que governo cumpra o compromisso da reposição das 35 horas de trabalho semanal para todos os trabalhadores da função pública, independentemente do seu vínculo laboral.

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Carlos Silva, secretário-geral da UGT: reivindicar, com troika ou sem ela DANIEL ROCHA

O secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT), Carlos Silva, exigiu ao Governo, no seu discurso do 1.º de Maio, que cumpra o compromisso da reposição das 35 horas de trabalho semanal para todos os trabalhadores da função pública, independentemente do seu vínculo laboral. “Apelamos ao Governo da República para que, no próximo dia 1 de Julho, cumpra o compromisso assumido com o país das 35 horas para todos os trabalhadores da administração pública, qualquer que seja o seu vínculo laboral. É uma exigência da central sindical”, afirmou.

Durante as comemorações do Dia do Trabalhador da UGT, que decorreram no Pavilhão Multiusos da cidade de Viseu, Carlos Silva referiu que esta “não é uma ameaça velada ou explícita” que deixa ao Governo, vincando a importância do diálogo ente este e os sindicatos. E, já no final do discurso, prometeu contribuir para isso, da parte da central, com “espírito de compromisso, disponibilidade para o diálogo, tolerância, moderação, unidade e coesão internas”.

Antes, porém, não deixou de acusar o “poder económico e burocrático que ninguém conhece e ninguém elegeu” pela austeridade sofrida, dizendo que é preciso “fazer sentir a quem nos governa que os rendimentos de quem trabalha não podem estar à mão de semear de qualquer BCE, de qualquer FMI ou de qualquer Comissão Europeia. Custe o que custar!”

E, afirmando estar a UGT “pelo estado social, pela segurança social pública, pela escola pública, pelo Serviço Nacional de Saúde”, afirmou: “Com troika ou sem troika (…), queremos daqui afirmar, destas terras de Viriato, líder do povo lusitano: exigimos a reposição dos direitos que estas centenas de milhares de homens e de mulheres perderam nos últimos anos.” Ou, numa posição aparentemente mais recuada, vir desejar ao menos que, “minimizando os sacrifícios de quem tanto sofreu, saiba o governo aliar o respeito pelos compromissos internacionais com a sensibilidade social que nos tem faltado.”

Com Lusa

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