CGD pagou 174 milhões para reforçar posição em Angola
Valor do negócio com Santander Totta não tinha sido revelado pelo banco público.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) investiu 173,7 milhões de euros para ficar com a posição que era do Santander Totta no Banco Caixa Geral Angola (ex-Banco Caixa Geral Totta de Angola). A operação do banco estatal foi anunciada em Julho do ano passado, mas a instituição financeira tinha-se recusado a revelar os valores do negócio, agora incluídos no relatório e contas de 2015.
O reforço da posição, e respectivo esforço financeiro, surgiu no âmbito da retirada do banco espanhol deste mercado. Até então, o Santander Totta era dono de 49% da holding Partang, cabendo os outros 51% à CGD. Por sua vez, a Partang é da de 51% do capital do Banco Caixa Geral Angola. Após a operação, o banco estatal passou a ser o accionista maioritário da instituição financeira angolana.
Os outros accionistas são a Sonangol, petrolífera estatal angolana (e maior accionista do BCP), com 25%, António Mosquito (empresário angolano que detém a Soares da Costa e é accionista do grupo de media que detém a TSF, Diário de Notícias e Jornal de Notícias), com 12%, e Jaime Freitas (que adquiriu recentemente 50% do grupo MCoutinho, de retalho automóvel, e uma posição de 3,25% do banco BNI Europa, com sede em Lisboa), com outros 12%.