Desporto vale 1794 milhões para a economia

Estudo do INE atribui ao desporto um peso de 1,2% no valor acrescentado bruto gerado pela economia portuguesa

Foto
O desporto em Portugal tem mais valor para a economia do que a indústria do vestuário THOMAS SAMSON/AFP

Um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Estatística permite atribuir um número ao valor do desporto para a economia nacional. Os dados analisados por aquele organismo, no âmbito da conta satélite do desporto, indicam que, durante o triénio 2010-2012, este sector pesou 1,2% no valor acrescentado bruto (VAB) da economia portuguesa – qualquer coisa como 1794 milhões de euros, pode ler-se. O estudo apurou ainda que o desporto representou ainda 1,4% do emprego.

“A dimensão do desporto no VAB da economia portuguesa é semelhante à do ramo de fabricação de produtos metálicos (1,2%), ultrapassando outros como a consultoria e programação informática (1,0%), a indústria do vestuário (0,9%) ou as actividades de arquitectura, de engenharia e técnicas afins (0,8%)”, notam os autores do estudo, que também referem, porém, que o desporto não ficou imune à crise que o país atravessou durante o período analisado.

O triénio 2010-2012 “correspondeu a uma fase de contracção geral da actividade económica em Portugal, tendo-se registado decréscimos significativos do Produto Interno Bruto e do emprego. As actividades económicas relacionadas com o desporto apresentaram desempenhos ainda mais desfavoráveis”, pode ler-se. “Estas actividades foram afectadas pelo facto de a procura tender a ser particularmente sensível à evolução do rendimento das famílias e, de uma forma mais geral, à evolução da situação financeira da economia. Em média anual, o VAB e o emprego das actividades relacionadas com o desporto reduziram-se neste período, em 6,7% e 4,9%, respectivamente (reduções mais pronunciadas do que as observadas na economia nacional, de 3,6% e 3,9%, pela mesma ordem).”

“Em termos de emprego, o desporto tem uma dimensão semelhante à da indústria da madeira, papel e cartão (1,4%), superando ramos como a consultoria e programação informática (0,9%), as actividades imobiliárias (0,7%) e as telecomunicações (0,3%)”, salientam ainda os técnicos do INE.

Sugerir correcção
Ler 1 comentários