Beyoncé: Formation não é "antipolícia"

Cantora esclarece politização do seu novo trabalho. "Sou contra a brutalidade policial e a injustiça”.

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Mario Anzuoni/REUTERS

Um mês e meio depois dos Óscares, o tema do racismo no entretenimento norte-americano parece ter saído da ordem do dia. Mas Beyoncé, que em Fevereiro marcou o Super Bowl com a estreia do vídeo politizado Formation, vem agora dizer que é “contra a brutalidade policial e a injustiça” e que está “orgulhosa” do que criou.

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O espectáculo no intervalo do Super Bowl Thearon W. Henderson/AFP

O vídeo, que nas primeiras 24 horas conseguiu mais de sete milhões de visualizações, é considerado um dos trabalhos mais abertamente politizados de Beyoncé, com referências ao movimento BlackLivesMatter, aos diferentes tons de identidade negra, ao furacão Katrina e à violência policial, bem como à comunidade gay. Formation, e a respectiva actuação ao vivo com bailarinas com boinas à la Black Panthers num dos mais populares espectáculos televisivos anuais norte-americanos, no Super Bowl, tornaram-se parte da conversa e do debate que desde o início do ano se intensificou em torno do tema racial nos EUA.

Numa entrevista à edição americana da revista Elle, Beyoncé esclarece, perante algumas críticas de forças policiais quanto à mensagem da sua música e vídeo: “Quem entender a minha mensagem como antipolícia está completamente enganado”, diz, manifestando a sua admiração pelos agentes e as suas famílias. “Mas sejamos claros: sou contra a brutalidade policial e a injustiça”, frisou.

Sobre o impacto que o seu statement teve na sociedade americana, Beyoncé diz ainda: “Se celebrar as minhas raízes e a minha cultura no Mês da História Negra causou desconforto a alguém, esse sentimento já estava lá muito antes de um vídeo, e muito antes de mim. Estou orgulhosa do que criámos e de ser parte de uma conversa que está a fazer as coisas avançar de forma positiva.”

 

  

 

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