Com o PSD na oposição, os sociais-democratas prometem empenhar-se fortemente no combate das eleições autárquicas se 2017, que serão um teste crucial à liderança de Passos Coelho. E querem “escolher” os melhores para que o partido recupere muitas das câmaras e que perdeu em 2013. Isso explica a criação de uma comissão autárquica para coordenar o processo das eleições locais. Para a presidência desta comissão, Passos convidou Carlos Carreiras, presidente da Câmara de Cascais e da mesa do congresso da Associação Nacional de Municípios Portugueses.
“Este congresso aprovará uma estratégia autárquica, sendo certo que na lógica própria desse sufrágio o PSD irá procurar a vitória”, declarou ontem à entrada da Nave Desportiva de Espinho, o eurodeputado Paulo Rangel que reclama do líder do partido uma oposição “mais forte e assertiva” ao Governo de António Costa.

A moção do líder também dedica atenção a este tema, comprometendo-se a convocar uma reunião do Conselho Nacional do partido para definir  as linhas orientadoras das estratégia autárquica do PSD.

Além da intervenção do presidente do PSD na abertura do conclave, que destacou a importância para o partido de uma vitória eleitoral no próximo ano, o tema viria a ser recuperado ontem pelo presidente dos Autarcas Social-Democratas (ASD), Álvaro Amaro, que lançou um apelo ao congresso para que todos no partido estejam disponíveis para disputar as eleições autárquicas. “Desta vez não vale ficar no sofá”, declarou Álvaro Amaro, que está absolutamente determinado em arrancar uma vitória eleitoral para o partido em 2017. “Em 2013, lixámo-nos mesmo, senhor presidente”, disse, depois de lembrar que o PSD “já foi um grande partido autárquico”. A sala respondeu com sucessivas salvas de palmas.