Metamorfose num dia de Inverno decotado no Portugal Fashion

Segundo dia de desfiles do Portugal Fashion no Porto com casa cheia para Fátima Lopes. Estreia da marca Pé de Chumbo entre os veteranos Júlio Torcato e Anabela Baldaque.

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O universo unissexo de Hugo Costa e a hiperfeminilidade de Fátima Lopes contrastaram num dia de desfiles sem atrasos, que começou com pouco público no Centro para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel, em Matosinhos, mas terminou com sala cheia para aplaudir a criadora.

Hugo Costa está em Metamorfose – é o nome da colecção e a fase que a marca está a viver. O Inverno 2016-17 do designer é fruto de um pensamento mais comercial, que faz com que “o raciocínio criativo esteja exposto a algumas condicionantes”, explica ao PÚBLICO. Não quer perder “a parte individual de cada peça” mas para isso, admite, é “preciso reflectir”. Na passerelle continuou com uma estética fria, linhas sem género vestidas por homens e mulheres. “É o código genético da marca”, realça.

Para a próxima estação, Hugo Costa transformou tecidos clássicos em “estilos modernos”, desportivos, utilizou “procedimentos pouco convencionais” como o enceramento e a impressão personalizada de tons cinza, branco, preto ou verde-escuro em blusões bomber, camisolas de bainha desfiada, calças curtas.

Já com a sala mais quente e as longas bancadas brancas preenchidas, entraram os vestidos curtos com pormenores em renda ou pied de poule e decotes profundos – a imagem feminina e sensual de Fátima Lopes. A designer de moda, que na última estação apresentou uma segunda linha de básicos, destapou as pernas das modelos para depois as aconchegar com casacos longos com mangas ou golas de pêlo, em preto e branco, crus ou rosa escuro.

Cultura Rapsódia, uma colecção já apresentada em Paris, é “versátil” mas “sofisticada” e tem “detalhes de luxo”. Fátima Lopes apresentou ainda a sua quarta colecção de sapatos, com saltos vertiginosos ou botas com plataforma.

Mas o segundo dia de Inverno no Portugal Fashion começou com Júlio Torcato, que voltou a desenhar vestidos compridos para mulher – é “um desafio mais interessante”, confessa aos jornalistas no final do desfile – e fatos para homem. É uma colecção “muito mais completa” que junta sportswear e riscas clássicas, transparências e lãs com tecidos 99% portugueses, frisa.

Pedro Pedro apresentou o seu L’Etrangère ao público do Porto, menos de uma semana depois de o mostrar na ModaLisboa. Conjugou uma e outra peça de maneira diferente, manteve a ideia da roupa como casulo, com malhas e sobreposições em verdes e tons terra – e faz um balanço positivo da sua presença na feira White, em Milão, onde esteve com o Portugal Fashion no final Fevereiro.

A noite fez-se ainda com a estreia da marca Pé de Chumbo, criada pela designer Alexandra Oliveira, com um patchwork de malhas e vestidos rendilhados finos em transparentes, ou a veterana Anabela Baldaque, deu a conhecer A Vizinha, uma mulher que “veste o que lhe apetece sem olhar a regras ou porquês”, descreve na folha de apresentação da colecção. São conjuntos para o dia com estampados multicoloridos ou para a noite com pretos e dourados.

O Portugal Fashion continua esta sexta-feira, na Alfândega do Porto, com o concurso Bloom para jovens designers, Daniela Barros, Carlos Gil, Diogo Miranda ou Miguel Vieira.

A jornalista está hospedada a convite do Portugal Fashion

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