Extreme Sailing Series: a primeira vez de uma equipa portuguesa

Circuito, que voltará a ter uma etapa nacional, apadrinha a estreia da Sail Portugal, que conta com quatro ex-atletas olímpicos.

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Depois do sucesso registado no Porto, em 2012 e 2013, a Extreme Sailing Series voltará a passar por Portugal, estreando-se em Lisboa, entre os dias 6 e 9 de Outubro, numa edição que reserva um motivo de interesse adicional. A partir desta quarta-feira, em Omã, a competição vai, pela primeira vez, contar com uma equipa portuguesa entre as oito que disputam a totalidade das etapas, com quatro ex-atletas olímpicos a bordo.

O catamarã da Sail Portugal contará com o portuense Diogo Cayolla, o cascalense Bernardo Freitas e o algarvio Luís Brito, sob as orientações do experiente Nuno Barreto, que desempenhará as funções de treinador/orientador da equipa. Aos quatro portugueses juntam-se duas personalidades bem conhecidas da vela internacional: o neozelandês Winston Macfarlane e o espanhol Javier de La Plaza.

O objectivo da representação portuguesa passa, à partida, por conseguir resultados que permitam, no ano de estreia, pensar numa evolução. Quem o diz é Rodrigo Moreira Rato, responsável pela comunicação da Sail Portugal, que, em conversa com o PÚBLICO, não escondeu as ambições. “Somos novos e por isso queremos aprender o mais rápido possível. Somos uma equipa pequena em termos de orçamento, e isso, como em todas as modalidades, acaba por definir as nossas metas, mas temos a esperança de, quem sabe, conseguir fazer um terceiro ou um quarto lugar”, afirmou.  

Para encarar a totalidade da prova, a equipa portuguesa vai gerir um orçamento de 1,5 milhões de euros, tendo como principal patrocinadora uma marca de relógios suíços, que é simultaneamente uma das impulsionadoras da competição. “É curioso a aposta deles em nós, rookies, mas é gratificante. É um valor elevado, mas é o mínimo para encarar uma época e poder ser competitivo”, acrescentou Rodrigo Moreira Rato.

Dadas as raízes históricas de Portugal, e a sua relação com o mar, poucas provas desportivas se identificam tanto com o povo português como uma regata. Com Lisboa a ser já uma paragem obrigatória na “odisseia” da Volvo Ocean Race (VOC), segue-se outra das mais prestigiadas competições de náutica. Assim, activar toda a área utilizada na VOC, como a doca de Pedrouços, é um dos objectivos da organização, que espera ver repetido o sucesso da corrida realizada em 2015.

Até lá resta-nos acompanhar a competição que se inicia já hoje, em Mascate (Omã), e que passará por Qingdao (China), Cardiff (Reino Unido), Hamburgo (Alemanha), São Petersburgo (Rússia) e Istambul (Turquia), antes de chegar a Lisboa, naquela que será a penúltima etapa — Sidney, na Austrália, acolhe o final da prova, a 11 de Dezembro.
 

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