Porto tem 239 novos lugares de estacionamento pago na área central da cidade
Várias zonas do Porto têm recebido, nos últimos tempos, o novo sistema de cobrança, que pode ser utilizado através de uma aplicação do telemóvel.
O Porto tem 239 novos lugares de estacionamento pago em 13 ruas da cidade, revelou à Lusa a Câmara do Porto, que no início de Março concessionou a gestão dos parcómetros a um privado. Os 239 novos aparcamentos foram criados pelo consórcio EPorto nas "zonas de expansão" previstas no contrato, depois de serem aprovados pela autarquia, e dizem respeito à "área mais central da cidade", onde existem duas zonas com lugares pagos de estacionamento muito antes de o serviço ser entregue a uma empresa, esclareceu à Lusa Nuno Santos, adjunto do presidente da autarquia, Rui Moreira.
De acordo com um documento camarário a que a Lusa teve acesso, os lugares foram criados na rua Arnaldo Gama Largo de Actor Dias (43 espaços de estacionamento), na praça do Infante D. Henrique (3), nas ruas do Comércio do Porto (4), Nova da Alfândega (31), Azevedo de Albuquerque (47), Dr. António Sousa Macedo (8), largo do Viriato (19), ruas de Alberto Aires de Gouveia (9), Miguel Bombarda (16), travessa de S. Carlos (7), ruas General Silveira (2) e do Breyner (27) e Campo 24 de Agosto (23).
A Câmara do Porto revelou em Fevereiro ter a expectativa de encaixar "à partida" oito milhões de euros com a concessão de estacionamento da cidade que entrou em vigor a 1 de Março para 4227 lugares e que pode chegar aos 6000 no primeiro ano de contrato com a empresa EPorto (consórcio composto pela Empark, Resopre e Dornier), que venceu um concurso público em Setembro. São duas as taxas a cobrar: a "A" de 0,50 euros hora nas zonas de Guindais, Sé, Cordoaria, Alfândega, Hospital Santo António, Cedofeita; e a "B" de 1,00 euros/hora na Ribeira, Mouzinho, Batalha, Aliados, Carlos Alberto, Trindade e Bolhão.
"Os lugares estão a ser criados nas zonas da cidade que já tinham parcómetros. O mapa das Zonas de Estacionamento de Duração Limitada tem três zonas: uma, branca, em que não há parcómetros, e que coincide com zonas que são, sobretudo, residenciais. Na área mais central da cidade, existe uma zona taxada a um euro a hora e outra a 0,50 cêntimos. É nestas que o concessionário pode colocar novos lugares, mediante a aprovação da Câmara", descreveu Nuno Santos.
"Não se trata de ir para novas zonas, mas de instalar parcómetros em novas ruas, nas mesmas zonas", frisou, explicando que esta delimitação é feita pela autarquia "com base na política de mobilidade". O adjunto de Rui Moreira vincou, ainda, que tal já acontecia antes de o estacionamento ser concessionado. "Antes das obras, a avenida da Boavista não tinha parcómetros. Depois das obras já tinha. Foi um processo absolutamente pacífico", recordou.
Várias zonas do Porto têm recebido, nos últimos tempos, o novo sistema de cobrança, que pode ser utilizado através de uma aplicação do telemóvel e que obriga a deixar a matrícula registada. "A pintura dos lugares, a colocação dos parcómetros e encontrar as soluções tecnológicas que facilitem o pagamento são da responsabilidade do concessionário", esclareceu Nuno Santos.
O adjunto de Moreira observou que "a nova lei" do sector "prevê que a fiscalização possa ser feita pelo concessionário" mas "a ausência de regulamentação impede que seja feita por ele até ao fim". "Pode deixar um aviso mas não pode lançar o auto, ou seja, passar a multa. Até tal ser possível, a multa será passada pela fiscalização da Câmara ou pela Polícia Municipal", acrescentou.
Na apresentação do novo sistema de gestão de estacionamento do Porto, a vereadora da área da Mobilidade, Cristina Pimentel, revelou que o Porto terá mais 150 lugares taxados.