Sinais inquietantes vindos da Alemanha
Num mundo que este domingo esteve em efervescência (multidões no Brasil contra Dilma e Lula, atentados terroristas na Turquia e na Costa do Marfim), os sinais mais inquietantes vieram da Alemanha: a extrema-direita superou largamente a barreira dos 5% dos votos e entrará nos parlamentos dos três estados que ontem foram a votos nas eleições regionais. A derrota da CDU na Renânia-Palatinado e em Baden-Württemberg é um sério revés para Merkel, que ali perdeu para o PSD e para os Verdes. Mas é o alastrar da Alternativa para a Alemanha, partido de extrema-direita e anti-imigrantes, que agrava os piores cenários. Representado, a partir da agora, em 8 das 16 regiões da Alemanha, está a preparar-se para se impor de forma decisiva nas legislativas de 2017. Nos dezoito meses que faltam, haverá mais regionais, que desafiarão. A onda de refugiados é “massa” que trabalham. E o fermento é um mal dissimulado ódio.