Lobo d'Ávila:"Seria estranho que só houvesse uma lista"

O deputado e porta-voz do CDS diz que é preciso diversidade no pensamento.

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MARTIN HENRIK
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Filipe Lobo d`Ávila disse este domingo que “seria estranho” que só houvesse uma lista ao Conselho Nacional e revelou que não foi difícil constituí-la – “foi mais fácil do que estava à espera”.

“Quisemos dar o nosso contributo no debate de ideias, achamos que é uma sequência natural apresentarmos uma lista, que é uma lista pela positiva para dar o nosso contributo nos órgãos do partido e para conseguirmos valer o nosso caminho”, declarou aos jornalistas.

“Num congresso que tem mais de mil congressistas seria estranho que só houvesse uma única lista ao Conselho Nacional – o órgão principal do Parlamento do partido – e do nosso ponto de vista ela vem dar alguma vivacidade, vem dar diversidade e vem acrescentar”.

Questionado se a decisão de apresentar uma moção global ao congresso tem a ver com o facto de não se rever em algumas das ideias expressas pela futura líder, Filipe d`Ávila respondeu: “Nós na política não precisamos de estar no contra por estar no contra, esta moção foi apresentada pela positiva, queremos participar, mas não de qualquer maneira, nem contra ninguém”.

À chegada ao Pavilhão Multiusos, em Gondomar, neste domingo, onde decorre a reunião magna dos centristas, o ainda porta-voz do partido declarou que na avaliação que foram fazendo ao longo do congresso entenderam que era bom para o partido que pudesse haver diversidade e que essa diversidade pudesse ficar expressa com a força que os congressistas lhe quiserem dar”.

O deputado admite que “há união no partido, mas há diversidade no pensamento. Há união, mas há diversidade de personalidades e de caminhos e isso é natural, é bom que assim seja, o partido cresce com isso. O partido não fica diminuído com a afirmação de algumas ideias como nós aqui quisemos fazer, bem pelo contrário. Nós queremos acrescentar”.

Filipe Lobo d`Ávila não tem dúvidas sobre o que Assunção Cristas quer para o partido, mas aguarda pela sua intervenção já como presidente partido para saber quais são os seus projectos para o futuro. “É bom que não exista um vazio de ideias e é por isso que nós cá estamos”, diz.

Quanto à moção global de Cristas não se pronuncia, mas vai dizendo que “é preciso afirmar a identidade de sempre do CDS, é preciso actualizá-la nos dias de hoje e sobretudo é preciso que as nossas propostas políticas partam daquilo que são os nossos princípios e os nossos valores. Nós não podemos partir para aquilo que são as necessidades das pessoas sem ter uma matriz comum, uma matriz identitária daquilo que nós somos e daquilo que sempre fomos e queremos continuar a fazer”.

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