Step-up foi uma ideia do músico Ilan Aviv que surgiu devido à deficiência motora que afecta os seus sogros. Sem qualquer experiência na área medicinal ou de produção start-up, decidiu tentar melhorar a qualidade de vida dos seus entes queridos sendo que o produto pode ajudar mais cidadãos que sofram do mesmo problema.
Levou a sua ideia à ZAE, empresa conhecida pelos seus investimentos e desenvolvimento de projectos em variadas áreas, que abraçou a sua iniciativa: já tinha várias soluções de cadeiras de rodas — nomeadamente uma "low cost", leve e desenhada especialmente para crianças de terceiro mundo com o suporte máximo de 40 kg — vendo no seu projecto potencial suficiente para o abraçar.
Segundo o The Jerusalem Post, o projecto permite aos cidadãos com capacidades motoras reduzidas circular por todos os pavimentos sem necessitar de rampa para deficientes nos edifícios, seja em autocarros, passeios, escadas, etc.
“Eles ensinaram-me tudo sobre desenvolvimento de produto e, quando vi finalmente o protótipo a trabalhar, sabia que era exactamente aquilo que queria”, explicou Ilan Aviv ao Globes.
O projecto consiste, basicamente, num par de arcos que são colocados na cadeira de rodas eléctrica, sem modificar a sua estrutura ou capacidade de movimentação. Quando o utilizador se depara com uma escada ou passeio, os arcos estendem-se para o degrau juntamente com as rodas frontais ficando as rodas traseiras paradas, havendo uma suspensão da cadeira no ar. De seguida, os arcos da roda traseira puxam a cadeira de rodas para a frente (ainda suspensa no ar) e quando ultrapassado o obstáculo, tanto os arcos como a cadeira de rodas, voltam à posição normal.
Além do seu fácil manuseamento, esta cadeira de rodas inclui um sensor tecnológico que permite o utilizador ascender ou descender os obstáculos até 20 cm contrariamente às outras cadeiras de rodas que requerem manuseamento manual. Todo o sistema está desenvolvido para que não haja qualquer balanceamento que prejudique a estabilidade do utilizador sem que a cadeira esteja estável.
Com o orçamento que ronda os 1.300 a 1.800 euros, o projecto está a ser desenvolvido e ainda não está no mercado, visto que, tanto a empresa como o criador da ideia continuam a tentar arranjar a financiamento para todos os custos que a inovação requer.