Um santuário para tigres onde eles podem não estar em segurança

Garante ser um santuário da vida selvagem mas as suspeitas sobre actividades ilegais avolumam-se em torno do Templo dos Tigres, na Tailândia.

Chaiwat Subprasom/Reuters
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É um santuário da vida selvagem, a três horas de distância de Banguecoque, com mais de uma centena de tigres. Simultaneamente é um templo budista e ainda uma atracção para turistas na Tailândia, que chegam em magotes para alimentar as criar ou passear tigres com trela.

Pelo menos é aquilo que afirmam os responsáveis, que há vários anos se defendem de acusações de maus tratos contra os animais. Mas nos últimos tempos outras suspeitas têm sido levantadas sobre as actividades do Templo do Tigre, que anualmente factura cerca de três milhões de dólares. Uma investigação recente, citada pela National Geographic, relaciona o templo com o tráfico de animais selvagens, numa série de trocas e negócios ilegais que envolvem também grupos no Laos.

As autoridades tailandesas, que rejeitaram o pedido de renovação da licença do zoológico expirada desde 2013, já resgataram dez dos tigres que faziam parte do templo e libertaram-nos numa reserva. Por seu lado, Supitpong Pakdijarung, representante da  fundação que gere o Templo do Tigre, afirma que nada de ilegal se passa. “Esta é a casa deles. São felizes aqui”, defende. No entanto, alguns activistas que tentaram no passado inspeccionar os animais viram o seu acesso bloqueado. A Tailândia tem um longo historial enquanto eixo significativo no tráfico de animais selvagens, um facto que sucessivos governos têm tentado combater.

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