Valongo e Maia admitem levar Ascendi a tribunal devido a aluimento de piso na A41
Autarca de Valongo queixa-se de não ter recebido sequer um SMS com informações sobre este problema no seu concelho.
As câmaras de Valongo e da Maia "estão a estudar a possibilidade de acionar judicialmente" a Ascendi pela forma como o caso do aluimento de pavimento na A41 está a ser tratado. O anúncio foi feito esta sexta-feira na reunião do Conselho Metropolitano do Porto , pelo presidente da Câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro, denunciando ser este o exemplo, nesfasto, de "empresas majestáticas que não dão satisfações a ninguém"
No dia 12, cerca das 17h45, o aluimento de piso, supostamente devido ao colapso parcial de uma travessia de água (passagem hidráulica) construída aquando da 1.ª fase do IC24, em 1992, provocou o corte de tráfego na A41, entre o nó de Alfena e o nó da A3, no sentido Alfena-Aeroporto. No dia 18 a Ascendi indicou à Lusa que tiveram início os trabalhos preparatórios, não sendo possível indicar datas sobre quando a situação estará resolvida. Esta situação obriga os automobilistas que fazem o trajeto Alfena-Aeroporto, tanto para os destinos servidos pela A41 como pela A3 (Porto ou Braga), a usar alternativas.
Já na quarta-feira, em resposta à Lusa, a Ascendi disse que "estão actualmente a decorrer diversos trabalhos de consolidação da passagem hidráulica colapsada e preparatórios dos trabalhos de fundo que terão de ser executados (substituição parcial ou total da passagem hidráulica), não visíveis da plataforma, designadamente o entubamento provisório das águas da ribeira e a estabilização da parte da estrutura que esteve na origem do aluimento do pavimento". "Estes trabalhos têm vindo a decorrer ininterruptamente devendo, logo que concluídos, estender-se para a zona afectada da plataforma da auto-estrada", precisou, acrescentando esperar "que a curto prazo haja condições para início desta 2.ª fase de trabalhos".
José Manuel Ribeiro criticou hoje o facto de a Ascendi "nunca se ter dignado" a contactar a autarquia. "Nem sequer uma sms ou um e-mail enviou. E enquanto esta situação se mantém a empresa continua a faturar" nos pórticos da auto-estrada, concluiu o autarca de Valongo. Em reunião do executivo, no dia 18, a Câmara de Valongo manifestou "repúdio" pela forma como a empresa responsável pela A41 está a encaminhar o caso do aluimento de pavimento, lamentando que o trânsito da área esteja "um caos".