Governo prevê a contratação de 400 doutorados

Proposta de Orçamento do Estado para 2016 prevê 425,7 milhões de euros para a Fundação para a Ciência e a Tecnologia, a que se juntarão outros cerca de 77 milhões de euros vindos do Feder.

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Ao todo, 325 cientistas ganharam agora estas bolsas, num total de 485 milhões de euros Reuters/Axel Schmidt

A Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), a principal instituição pública financiadora do sistema científico português, terá 425,7 milhões de euros reservados em 2016, de acordo com a proposta de Orçamento do Estado (OE), divulgada nesta sexta-feira pelo Governo de António Costa. Desse dinheiro, até 13,45 milhões de euros poderão ser gastos na contratação de 400 investigadores.

Com estas “400 novas contratações de doutorados” para instituições públicas e privadas, o Governo pretende promover o emprego científico e contrariar assim a precariedade laboral dos investigadores, refere o documento.

O montante de 425,7 milhões de euros atribuído à FCT em 2016 na proposta de OE é semelhante ao de 2015, de 426,5 milhões de euros, ainda na liderança de Pedro Passos Coelho. Mas a estes valores há ainda que juntar uma fatia importante do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (Feder) — por isso, em 2016 a FCT irá gerir um orçamento total de 502 milhões de euros (incluindo cerca de 77 milhões de euros do Feder) e, no ano passado, teve orçamentado 479 milhões de euros (incluindo 53 milhões de euros do Feder).

Resta agora saber quanto do dinheiro orçamentado para a FCT este ano irá efectivamente ser gasto (ou executado). Em 2015, dos 479 milhões de euros previstos, terão sido executados, segundo dados ainda provisórios, 380 milhões de euros, incluindo fundos nacionais e comunitários.

Segundo dados do site da FCT de Janeiro deste ano, o ano em que a  fundação mais dinheiro aplicou na ciência foi em 2010, com 469 milhões de euros. Mas 2010 nem foi o ano em que a FCT teve mais fundos previstos: em 2009, chegou a 639 milhões de euros orçamentados, incluindo fundos nacionais e comunitários, tendo depois gasto 452 milhões de euros. Entre 2011 e 2013, manteve-se o nível de dinheiro gasto, um pouco acima dos 400 milhões. Mas em 2014, já foi abaixo dessa fasquia (393 milhões).

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