Número de inscritos nos centros de emprego caiu 4,6% em Dezembro
Algarve e Açores foram a excepção à tendência de descida.
Em Dezembro, inscreveram-se menos 2615 pessoas nos Centros de Emprego a nível nacional do que no mesmo mês de 2014. Com o registo de 54.033 novas inscrições, este número representa uma descida de 4,6% em variação homóloga. A maior quebra foi sentida no Norte (-6,6%) e na zona de Lisboa e Vale do Tejo (-6,2%). Em sentido contrário estiveram as regiões do Algarve e dos Açores, com subidas de 6,8% e de 4,7%, respectivamente.
Em termos gerais, quando a comparação é feita com o mês anterior, a queda é de 16,5%, ou seja, menos 10.662 novas inscrições a nível nacional. Como motivo para a inscrição, o principal motivo continua a ser o “fim de trabalho não permanente” (51,5%), sendo que o motivo “despedido” também se mantém como a segunda causa (9,1%).
A informação disponível no site do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) mostra que, no último mês de 2015, o desemprego registado por este organismo desceu 7,3% para 555.167 pessoas mas que as ofertas de emprego recuaram ainda a um ritmo superior. Para mais de 555 mil pessoas desempregadas há 13.942 ofertas de emprego, um número que desce 26,6% em comparação com Dezembro de 2014.
O desemprego registado pelo IEFP desceu em todas as regiões do país, à excepção da Madeira, onde se verificou um aumento de 0,8%. Com uma diminuição de 9,1% em comparação homóloga, a região Centro é onde se verifica a descida mais acentuada, seguida pelo Norte, onde a queda foi de 8,9%.
Outra descida, de 11,8%, dá-se no desemprego de longa duração, que cai para 260 mil pessoas. Verificam-se menos inscritos há um ano ou mais nos Centros de Emprego quando comparado com o ano anterior, quando este indicador ultrapassava as 294 mil pessoas. Por outro lado, também há menos inscritos à procura do primeiro emprego (-7,2%).
Continua a haver mais mulheres que homens nesta tabela, mas verifica-se um decréscimo em ambos. Os números do IEFP mostram que há menos 8,4% homens desempregados e menos 6,2% de mulheres.
Na distribuição por nível de instrução, a maior queda fez-se sentir nos indivíduos com o primeiro ciclo do ensino básico, onde o número de desempregados recuou 13,1%.
Foi no sector secundário que o desemprego mais desceu em relação a 2014, com uma quebra de 15,1%. Já em termos de actividade económica, as principais descidas deram-se na “Fabricação de outros produtos minerais não metálicos”, com -20%, e no “comércio, manutenção, reparação de veículos automóveis e motociclos”, com -18,1%.
A publicação do IEFP mostra ainda que, pelo terceiro mês consecutivo, o número de casais em que ambos os cônjuges estão desempregados aumentou, atingindo em Dezembro 11.239 casais. Este número, o mais alto desde Abril de 2015, significa uma queda de 6,1% em relação a Dezembro do ano anterior e uma subida de 3,4% em relação a Novembro.