Marcelo não quer “marcar penálti” antes de o jogo começar
Filha do candidato aparece de surpresa na campanha em Marco de Canaveses e esta tarde no Porto é Rui Moreira quem vem dar apoio.
Há muito que o candidato Marcelo Rebelo de Sousa se colocou no papel de árbitro, se for eleito Presidente da República. Na recta final da campanha, volta a fazer o paralelo com o futebol para defender que o chefe de Estado deve ser “pró-activo e cooperante” e não o árbitro que “apita” antes de o jogo começar. Em Marco de Canaveses, em que alguns populares (e o presidente da Câmara Manuel Moreira) o esperavam esta manhã, mesmo debaixo de uma chuva miudinha, o candidato recebeu uma visita surpresa, a da sua própria filha, Sofia Rebelo de Sousa.
Recusando assumir que pode ter linhas vermelhas para vir a dar posse a um outro eventual Governo, Marcelo diz que a sua única “baliza é a Constituição”. “A minha ideia não é chegar lá de apito na boca e na primeira ocasião marcar penálti”, disse, admitindo que pode haver uma “carga” que não estava prevista e que “mereça penalti”. O Presidente deve levar o apito “na predisposição de só o utilizar quando é verdadeiramente necessário”. “Estar a ameaçar com o apito ainda antes do jogo é uma coisa que acho muito original”, rematou, em declarações aos jornalistas, antes de visitar o hospital Santa Isabel, em Marco de Canaveses.
À saída, a sua filha Sofia estava à sua espera para um abraço muito apertado. “Que surpresa maluca”, exclamou o candidato. Sofia admite que tem visto o pai “cansado” na televisão, mas que tem gostado da campanha. Quanto a domingo, segue as pisadas do pai na contenção das declarações: “Espero justiça e o melhor para os portugueses”.
Esta tarde, Marcelo prepara-se para ter outro apoio, desta vez com peso político. O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, recebe o candidato na autarquia.