Maria de Belém vai deixar de falar de outros candidatos na campanha
Candidata presidencial promete campanha "simples, modesta e de proximidade", centrada no contacto com as populações.
Santarém foi o distrito escolhido por Maria de Belém Roseira para arrancar domingo a campanha oficial das presidenciais, que será "simples, modesta e de proximidade", sem ataques aos adversários e centrada no contacto com as populações.
"Vou deixar de falar dos outros candidatos, senão centralizam toda a atenção naquilo que eu digo sobre eles", afirmou a candidata presidencial, em conversa informal esta quarta-feira ao almoço com os jornalistas.
Com o mandatário para a juventude da sua candidatura ao lado - o presidente da Associação Académica de Coimbra, Bruno Matias -, Maria de Belém Roseira revelou alguns pormenores da sua campanha, que arranca domingo em Alpiarça, com uma visita à Fundação José Relvas, onde também irá almoçar com presidentes de câmara, mandatários e personalidades do distrito.
Depois de uma primeira semana a atravessar o país de norte a sul pelo litoral, na segunda semana da campanha, a caravana deverá percorrer o interior do país - "até porque o compromisso com o interior é um dos pilares da campanha" - podendo ainda haver, segundo os responsáveis, "algumas surpresas nos últimos dias".
Apesar de Maria de Belém Roseira garantir que, "ao contrário de outros candidatos", não tomou iniciativa de insistir junto de ninguém para a apoiar e que a sua candidatura é "suprapartidária", ao longo das próximas duas semanas deverão surgir a seu lado personalidades, nomeadamente do PS.
"Vão aparecer, como vão aparecer outras pessoas, porque aparecem como pessoas e não como cargos", sustentou, insistindo que não se trata de uma questão partidária e os seus apoiantes podem ter filiação ou não.
Questionada se terá o apoio do antigo primeiro-ministro António Guterres, Maria de Belém Roseira garantiu não saber, tal como assegurou nunca ter falado com o antigo secretário-geral do PS António José Seguro sobre a sua candidatura. "Agradeço e acolho de braços abertos todas as personalidades", disse.
A candidata presidencial, que promete fazer coisas "diferentes" se chegar a Belém, como "mostrar a nossa realidade" às entidades estrangeiras que visitam Portugal, nomeadamente levá-las a almoçar a instituições, falou ainda brevemente sobre as críticas e acusações que tem sido alvo por parte dos adversários, reiterando que as suas decisões são tomadas de acordo com a sua consciência e que a sua consciência "é muito exigente".
"Conheço o percurso que as mulheres têm de fazer para serem respeitadas (...), já ando nisto há muitos anos", desabafou.