Jesus sobre Vitória: "Não o qualifico como treinador. Para ser treinador tem de ser muito mais"
A guerra de palavras entre o treinador do Sporting e o técnico do Benfica subiu de tom.
Jorge Jesus e Rui Vitória estão definitivamente em rota de colisão. Depois de o técnico do Benfica ter reagido às declarações do treinador sportinguista sobre o desempenho dos "encarnados" nesta temporada, Jesus foi bem directo após o triunfo do Sporting sobre o Vitória de Setúbal, nesta quarta-feira.
Primeiro respondeu à declaração de Vitória sobre o facto de Jesus estar obcecado pelo emblema da Luz. "Estou obcecado pelo Benfica, FC Porto e todos os meus adversários, principalmente pelos rivais que estão na luta directa pelo campeonato. Procuro conhecer bem o adversário para quando for a quarta vez voltar a ganhar", começou por declarar. "Estamos a fazer o nosso caminho. Estamos obcecados para continuar em primeiro, obcecados porque queremos ser melhor que os outros, estamos obcecados por fazer coisas para a grandeza do clube", acrescentou.
Já em relação à declaração de Rui Vitória, qualificando Jesus de mau colega, o técnico sportinguista foi ainda mais duro: "Sou mau colega? Treinador? Como não o qualifico como treinador, logo não sou mau colega. Para ser treinador ele tem de ser muito mais. Fi-lo sair da toca. Ele tem de se assumir. Para treinar o Benfica tem de se assumir. Para conduzir um Ferrari tem de ter andamento para ele."
Sobre o triunfo frente ao V. Setúbal, Jesus não deu excessiva relevância, apesar da goleada: "Foi um grande jogo do Sporting colectivamente. Tivemos uma boa dinâmica ofensiva. Com os golos as coisas foram tornando-se mais fáceis. Não é fácil fazer seis golos seja contra quem for. Esta vitória garante apenas três pontos. Não mais que isso. Garante sim é mais confiança. Vamos defender o primeiro lugar. Para isso temos de ter poder e qualidade."
Quanto à estreia de Bruno César, deixou elogios ao brasileiro: "Bruno César não me surpreendeu em nada. Fui buscá-lo ao Brasil [para o Benfica] e ele saiu contra a minha vontade, mas houve interesses económicos que falaram mais alto. Ele voltou a Portugal, para o Estoril-Praia, e o presidente do Sporting fez-me a vontade."