Sou uma apaixonada por viagens: gosto de estar em constante movimento, de um lado para o outro, à descoberta de tudo aquilo que me é desconhecido. Adoro conhecer novas culturas, outros lugares, pessoas diferentes mas, principalmente, cativa-me descobrir um pouco mais sobre mim de cada vez que vou… e de cada vez que volto.
Ir aos mais refundidos recantos do eu perceber que afinal a capacidade de realização e de superação é maior do que algum dia imaginei. Uma espécie de transformação que me torna mais segura, mais certa daquilo que pretendo daqui para a frente. A mim, uma pessoa com tantas certezas sobre aquilo que não quer e tão poucas em relação ao que quer. Alguém que vive numa espécie de montanha russa que anda a uma velocidade alucinante entre os altos e baixos numa odisseia que não tem paragem.
Num mundo que gira tão rápido é cada vez mais difícil parar e perceber aquilo que cada um está a vivenciar. Não só o que acontece à nossa volta como também aquilo que se passa e muda dentro de nós.
Por isso, vou-me permitir uma paragem. Não amanhã, nem para a semana, mas agora! Agora vou parar e vou em busca das respostas que procuro e que apenas eu tenho as soluções. Vou interromper a viagem em que me encontro constantemente e olhar para dentro. Estranharei certamente, mas a paragem é não só necessária como urgente. Não apenas para mim mas para todos aqueles que estão em rodopio contínuo e que, quando dão por ela, o melhor já passou e nem se aperceberam.