Os piores do ano
Cavaco Silva – É triste pensar que este homem dominou 20 anos da democracia, que nós queríamos que mudasse Portugal e o transformasse num país moderno e, até onde possível, próspero. Com um espírito estreito e uma indescritível arrogância, percebeu quase tudo mal, tanto como primeiro-ministro, como Presidente da República. A sua reforma, anunciada para Março, é um peso que a Constituição nos tira de cima.
António Costa – Correu brutalmente com Seguro do PS e depois da derrota de 4 de Outubro formou um governo de extrema-esquerda, que só pode dar mau resultado para os portugueses, para o PS e para ele. Não percebe os limites da penúria a que chegámos, nem os remédios que a podem, com sorte, atenuar. Quando se for embora, vai deixar o país num caos, do qual nada sairá de bom.
Ricardo Salgado – Como conseguiu o responsável pelo banco e pelo Grupo Espírito Santo levar à ruina e ao tribunal uma potência que se julgava inexpugnável? É preciso uma espécie de génio para se conseguir uma proeza destas. Génio e a subserviência da família e da gente que trabalhava com ele. Nós, por uma vez, vimos directamente na comissão da Assembleia da República a falta de carácter e de vergonha dos comparsas de Ricardo Salgado. Bastava isso para se impor à banca uma regulamentação selvagem.
Paula Teixeira da Cruz – Um desastre ambulante e um melancólico pretexto para deixar a Justiça na mesma.
Pilotos da TAP – A greve que fizeram não tem desculpa. Contribuíram para a desgraça da companhia e começaram um suicídio lento, que arrastará consigo centenas de inocentes.
José Rodrigues dos Santos – A cada ano que passa aumenta a sua colecção de graçolas sem graça e de trejeitos que só conseguem enojar ou irritar. Que nos quer ele dizer com a piscadela com que acaba o Telejornal? Que nós somos cúmplices do estado do mundo? Que não nos devemos preocupar com o estado do mundo? Que é melhor partilhar com ele a sobranceria e a vaidade de uma cabeça oca?
José Sócrates – Reapareceu em cena no seu papel de vítima; vítima do Ministério Público, de 30 e tal juízes, de campanhas conduzidas por uma “força oculta”, da direita, do PS e da humanidade. Não percebe que uns meses mais desta vexatória farsa o levarão ao desprezo universal e daqui a pouco nem com uma vara alguém se atreverá a tocar nele.