Cultura do Norte intervém no mosteiro de Rendufe
A intervenção actual deverá estar concluída em Janeiro e está orçada em cerca de 20 mil euros.
A Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCN) continua a intervir no Mosteiro de Santo André de Rendufe, em Amares, um dos espaços que integrará a Rede de Mosteiros de Entre Douro e Minho que aquela estrutura pretende formalizar. Neste momento está em curso a delimitação do convento/igreja e da quinta onde ele está instalado, uma intervenção que deverá estar concluída já em Janeiro.
A obra, orçada em cerca de 20 mil euros, irá “proporcionar aos visitantes uma nova imagem da igreja”, além de permitir “uma vista total do aqueduto até agora fechada aos visitantes”, explica a DRCN em comunicado. O Mosteiro de Rendufe está classificado como Imóvel de Interesse Público e uma parte considerável das dependências conventuais foi adquirida pelo Estado português em 2012, pelo valor de 900 mil euros – um valor que tem vindo a ser pago pela DRCN ao ritmo de cem mil euros por ano.
O edifício, a par com os mosteiros de S. Martinho de Tibães (Braga), Pombeiro (Felgueiras) e Vilar de Frades (Barcelos) irá fazer parte da rede que a DRCN quer criar, e sofreu já obras significativas, devido ao estado de pré-colapso em que se encontrava parte da estrutura. Assim, após a aquisição, a DRCN procedeu a uma “intervenção urgente de consolidação estrutural e à reconstrução da cobertura da ala Norte”.
Fonte da DRCN esclarece que, além das obras já concluídas e das que estão actualmente em curso, estão ainda previstas “pequenas intervenções” nos diferentes imóveis que deverão integrar a Rede de Mosteiros de Entre Douro e Minho, mas que só irão avançando à medida que as respectivas candidaturas a fundos comunitários forem sendo aprovadas.
As intervenções no Mosteiro de Rendufe têm sido desenvolvidas em articulação com a Câmara de Amares, a paróquia de Rendufe e a Universidade do Minho.
Apesar de a origem do mosteiro ser anterior a 1090, o edifício actual é, sobretudo, um reflexo das alterações feitas entre os séculos XVI e XVIII. Em 1551, a igreja foi dotada com três novas e capelas laterais e no século XVIII recebeu a sua valiosa talha barroca, além do claustro e da biblioteca.