Aboubakar apurou o FC Porto para os quartos-de-final
Taça de Portugal: um golo do camaronês foi suficiente para os "dragões" baterem um Feirense que deu boa réplica.
Tal como nas duas ocasiões anteriores em que Feirense e FC Porto se defrontaram na Taça de Portugal, quem seguiu em frente foi o segundo, que beneficiou do regresso aos golos de Vincent Aboubakar, mais de um mês depois do anterior, para assegurar a presença nos quartos-de-final. Um golo do camaronês no Estádio Marcolino Castro, em Santa Maria da Feira, foi suficiente (0-1) para colocar a equipa no sorteio da próxima segunda-feira.
Não foi, contudo, um jogo fácil para os "dragões", que tiveram dificuldades mais parecidas com o duelo anterior, em 1990-91 (em que foi necessário um jogo de desempate), do que com as que enfrentaram no primeiro, em 1962-63 (15-0 no conjunto das duas mãos). O clube local quis justificar o rótulo de equipa de I Liga que Julen Lopetegui lhe colocou e ofereceu, nomeadamente na primeira parte, boa réplica a um FC Porto que fez o que lhe competia, mas ainda não foi capaz de voltar às boas exibições.
Depois de eliminar o Varzim e o Angrense, Lopetegui não facilitou muito e utilizou um misto de titulares com segundas figuras. Quanto ao Feirense, segundo classificado da II Liga e, neste momento, maior candidato à subida, mostrou qualidade a partir para o ataque e conseguiu incomodar as saídas de bola do adversário.
A equipa "fogaceira" já tinha mostrado estes recursos quando o FC Porto fez, cedo, o único golo do encontro, de bola parada. De cabeça, o ponta-de-lança respondeu da melhor forma a um canto apontado por Sérgio Oliveira, inaugurando o marcador no único lance de perigo que a equipa criou na 1.ª parte.
Os locais reagiram bem e foram a equipa mais perigosa até ao intervalo, mas "pagaram" pelo mau controlo de bola de Erivaldo (16’), quando apareceu isolado por um erro de Martins Indi, e pela atenção de Helton num livre do lateral-direito Sérgio Barge (38’).
Na etapa complementar, o Feirense baixou um pouco de nível e, depois de um período morno, foram os "dragões" que começaram a estar mais próximos do golo. Bueno falhou por pouco num remate em arco (60’), Giorgi Makaridze impediu o bis de Aboubakar (71’) e Corona, depois de tornear o guarda-redes georgiano (90+1’), viu a bola, a caminho da baliza, ser interceptada por Sérgio Barge.
O Feirense, que tinha vencido seis dos sete jogos anteriores, teve uma ocasião de ouro para forçar o prolongamento aos 88’: Helton, no chão, evitou o golo do cabo-verdiano Kukula, que tinha sido bem assistido por Vasco Rocha.
A formação orientada por Pepa, depois de afastar Sabugal, Famalicão e Atlético da Malveira, deixou boa imagem, mas cedeu ao favoritismo do FC Porto, que, mesmo sem grande inspiração, justificou o magro triunfo pelo que fez na segunda parte.