Um projecto, que é lançado esta segunda-feira, pretende “trocar por miúdos” os resultados do desempenho dos alunos portugueses e ajudar os cidadãos a terem uma opinião fundamentada sobre o estado da educação. “aQeduto - avaliação, qualidade e equidade da educação”, assim se chama o projecto, resulta de uma parceria entre o Conselho Nacional de Educação (CNE) e a Fundação Francisco Manuel dos Santos, que subsidia a iniciativa. "Neste momento, Portugal tem melhores desempenhos na Educação do que na Economia", assinalou à Lusa o presidente do CNE, David Justino. O projecto "envolve uma equipa de investigadores" do CNE que "vão tentar explicar de forma mais simples como é que os resultados dos alunos portugueses têm evoluído", associando-os a questões temáticas, adiantou.

A sessão desta segunda-feira é a primeira de onze sessões temáticas que irão decorrer mensalmente no auditório do CNE, em Lisboa, até Outubro do próximo ano. Em cada acção será lançada uma pergunta para debate e análise, com base nos resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA). Esta segunda-feira, a pergunta é: "Educação e Economia: quem vai à frente?" e a sessão conta com a presença de David Justino e Pedro Magalhães, director científico da Fundação Francisco Manuel dos Santos. Na lista de temas estão a reprovação de ano e a melhoria dos resultados, o papel da formação dos pais no sucesso escolar dos filhos e a organização da escola e os efeitos nas notas dos estudantes, exemplificou o presidente do Conselho Nacional de Educação.

As sessões, com entrada livre mediante inscrição prévia nas páginas na internet do CNE e da fundação, funcionam como tertúlias de fim da tarde (entre as 18h e as 19h30), com a presença de investigadores, que, segundo David Justino, irão também, com as suas explicações, "contrariar os mitos que se criaram sobre a educação em Portugal", permitindo às pessoas terem uma "opinião fundamentada". Um folheto será distribuído à entrada de cada acção, com a "apresentação simplificada dos resultados" dos alunos e a resposta à questão lançada para debate e análise.

No final, em Outubro ou Novembro de 2016, os dados contidos nos folhetos serão reunidos em livro.