Este sábado, 12 de Dezembro, as ruas do Porto vão ser o palco de uma batalha entre os “Iluminados” e a “Resistência”. As duas facções do jogo Ingress vão lutar para conquistarem os portais que estarão espalhados pelos pontos mais importantes da cidade.
Desenvolvido pela Niantic Labs e lançado pela Google, este é um jogo de realidade aumentada que tenta aliar o conceito de videojogos com a realidade. A 12 de Dezembro vão decorrer eventos semelhantes em mais 11 cidades espalhadas por todo o globo. “É um jogo para 'smartphone' que se enquadra na categoria de jogos de realidade aumentada, isto é, joga-se no mundo real”, indica Reinaldo Ferreira, um dos coordenadores do evento do Porto, ao JPN. O próprio explica que o jogo utiliza “uma base semelhante à do Google Maps“.
“Temos as ruas, as estradas, os caminhos pedonais e utilizamos o GPS do 'smartphone' para nos deslocarmos e usar o mapa como se fosse um tabuleiro de jogo”, acrescenta. A diferença, nota, é que “neste mapa vão-nos aparecer indicações ficcionais, que são designadas no jogo por portais e que basicamente aumentam a realidade que conhecemos”.
Mas o que é então um ‘portal’? Nas palavras do coordenador, os portais são “tipicamente pontos de interesse”, que deverão ser “conquistados e dominados por uma das facções”. No caso do Porto, esses serão, por exemplo, “a Câmara do Porto, o Teatro Rivoli ou a Casa da Música”, adianta. Esses portais são apenas visíveis no interface da aplicação no dispositivo móvel que está a ser utilizado pelo jogador. E o que se faz quando se chega a um portal? Existe “uma série de itens virtuais que aparecem no jogo e que são colocados nos portais e que fazem com que estes sejam da Resistência ou dos Iluminados”. Esses itens ganham novas características consoante o jogador sobe de nível. Ainda assim, os itens não são tudo, visto que o Ingress envolve também uma forte componente estratégica e táctica.
“Ao jogar um mês chega-se a níveis mais avançados, não é preciso jogar anos, mas a partir daí a experiência dá outras capacidades aos jogadores”, menciona Reinaldo. Por isso deixou também um apelo aos jogadores mais experientes para que apareçam no Porto durante o dia de sábado para participarem no evento. Reinaldo revela que o conceito surgiu precisamente “para promover a utilização de lugares turísticos com fim de ‘gameification‘, torná-los interessantes para quem tem interesse em jogos”.
“Em vez de estarmos numa consola a jogar, estamos no terreno a visitar locais e a marcar pontos, porque fizemos uma determinada acção no local, conquistando pontos para a nossa equipa e para nós mesmos”, descreve. No Porto, o evento do Ingress espera já mais de 400 jogadores, vindos de todo o país e também do estrangeiro. “Há jogadores de Irlanda, Espanha, França, Alemanha, Holanda inscritos”, conta o organizador. O dia vai começar cedo para os jogadores, que entre as 9horas e as 12horas terão que encontrar-se no Rivoli para a recepção. Na parte da tarde irá decorrer o jogo e, a partir das 16h30, haverá lugar para uma "after-party" no Plano B.
O Ingress — Abaddon é gratuito e aberto a todos os que queiram participar. Para tal basta fazer "download" da aplicação, disponível na App Store e no Google Play. Já para participar no evento do Porto convém fazer o registo.