Em pleno processo de decisão sobre o futuro governativo, avolumam-se as críticas ao Presidente da República. Dois deputados do PS: Sérgio Sousa Pinto e Tiago Barbosa Ribeiro usaram as redes sociais para disparar contra Cavaco Silva.

“Que lástima de Presidente. Participa no jogo partidário sem pudor. Tivesse mais um ano de mandato e reabilitava de vez a monarquia”, escreveu no Facebook Sérgio Sousa Pinto. Já Tiago Barbosa Ribeiro, que preside à concelhia socialista do PS-Porto, foi mais longe e acusou o Presidente de ser um “gangster”, escreveu no Twitter numa alusão ao facto de Cavaco ainda não ter decidido convidar António Costa a formar governo.

O vice-presidente do grupo parlamentar e líder da distrital do Porto, José Luís Carneiro, condenou os termos usados, afirmando tratar-se de uma “linguagem imprópria e sinónimo de imaturidade política”. Barbosa Ribeiro reconheceu ter sido ”imprudente” e pediu desculpas.

Mas na vida parlamentar do PS há outros exemplos idênticos. O ex-deputado José Lello acusou o Presidente da República de “foleiro”, ressabiado” e “zangado”. José Lello também utilizou as redes sociais para atacar o Presidente. Depois desculpou-se pelos termos usados.

Na origem do “ataque” esteve o facto de Cavaco não ter convidado os deputados para a cerimónia oficial de comemoração do 25 de Abril, que, em 2011, foi organizada pelo Presidente no Palácio de Belém e não no Parlamento, uma vez que a Assembleia da República foi dissolvida na sequência do pedido de demissão do primeiro-ministro, José Sócrates.