O Porto/Post/Doc, um festival que conta com um investimento de 150 mil euros e com o apoio da Câmara do Porto, arranca dia 1 de Dezembro e durante os oito dias seguintes vai passar uma média de sete a oito filmes diariamente no Teatro Municipal Rivoli, Cinema Passos Manuel e Maus Hábitos.
O certame cinematográfico vai ter 66 filmes distribuídos por dez secções diferentes, de 26 nacionalidades, incluindo a portuguesa, sendo 43% das películas estrangeiras e 30% realizadas por mulheres. O festival vai apresentar em estreia mundial 11 filmes e em estreia nacional 44 filmes.
O objectivo do Porto/Post/Doc é apresentar ao público "coisas que estão escondidas ou esquecidas", explicou Dario Oliveira, director do festival, em conferência de imprensa no Foyer do Rivoli, no Porto.
Uma homenagem à realizadora belga Chantal Akerman, considerada uma realizadora do pós "nouvelle vague", uma secção de "Cinema Falado", dedicado à língua portuguesa, outra dedicada ao mundo da música "Transmission", e o Grande Prémio Porto/Post/Doc onde estão a concurso 12 filmes das 404 películas que se candidataram a um prémio de dois mil euros, são alguns dos destaques do certame que vai contar com a presença de vários realizadores.
No Grande Prémio Porto/Post/Doc, que "representam a excelência e diversidade do documentário contemporâneo", destaca-se a estreia mundial de "Las Vegas in Parts", de Luciano Piazza.
Na secção "Transmission" vão ser exibidas as estreias nacionais "Blur: New World Towers", de Sam Wrench e "Keith Richards: Under The Influence", de Morgan Neville, e na secção "Cinema Falado" passa, por exemplo "Porto da Minha Infância", de Manoel de Oliveira, mas também as estreias mundiais "Bairrismos", de Pedro Neves, e "A Causa e a Sombra", de Tiago Afonso.
Ao longo do Porto/Post/Doc vai ser realizado também o fórum "Onde Está o Real?", com debates sobre as imagens em movimento.
A organização do festival contou com uma equipa de 60 pessoas, das quais 25 voluntários, referiu Dario Oliveira, que fez questão de agradecer às gentes a "generosidade" e "muita inteligência" ao apoiaram a iniciativa cultural que só foi possível com "muitos micro financiamentos".