Quase 30% das empresas partilham informação sobre clientes

Com o aumento do comércio online também cresce a recolha e partilha de dados dos consumidores. Quase metade das empresas tem política de segurança informática.

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Segundo INE, 38% das empresas utilizam as redes sociais para comunicar com os clientes Miguel Madeira

Perto de 30% das empresas que têm dez ou mais trabalhadores recolhem informação sobre clientes e disponibilizam esses dados a outras áreas de negócio. A utilização de software para a gestão de informação acontece, por exemplo, para coordenar com os fornecedores a disponibilidade das encomendas e a entrega de produtos. E há 22% de empresas que analisam a informação dos clientes para finalidades de marketing.

As conclusões do inquérito do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a utilização das tecnologias de informação e comunicação, publicadas nesta terça-feira, mostram um aumento no número de empresas que partilham informação sobre clientes. A percentagem passou de 25% em 2014 para 29% este ano. As estimativas do INE foram calculadas a partir de uma amostra de 3294 empresas com dez ou mais trabalhadores.

Os resultados mais recentes a nível europeu (do conjunto dos 28 países da União) são os do ano anterior, em que as empresas portuguesas estavam ligeiramente aquém da média na recolha e partilha de informação (três pontos percentuais abaixo). Em relação à análise dos dados para marketing, a diferença era menor, com a percentagem portuguesa, então de 19%, a ficar um ponto abaixo da média europeia.

Quase metade das empresas tem uma “política formalmente definida relativa à segurança informática” e, destas, 90% têm definida uma política de segurança para protecção de dados em caso de ataques ou “acidentes inesperados”.

A utilização do comércio online “tem vindo a aumentar nos últimos cinco anos”, com um aumento das encomendas recebidas pelas empresas. Os números do INE, que neste caso se referem a 2014 (o ano anterior ao do inquérito), mostram que 26% das empresas com dez ou mais pessoas vendem online. Houve um aumento de 4 pontos percentuais em relação a 2013. São 19% as que “referem ter recebido encomendas através de redes electrónicas”, seja sites, seja através das troca de informação entre computadores.

Quanto maior é a empresa, mais elevada é a tendência para o comércio online. Tal como acontecia em anos anteriores, refere o INE, “a realização de comércio electrónico em 2014 aumentava com a dimensão da empresa: 23% nas empresas com 10 a 49 pessoas ao serviço, 40% nas empresas de 50 a 249 pessoas ao serviço e 54% nas grandes empresas (250 ou mais pessoas ao serviço)”.

Portugal continuou a ser a principal origem (e destino) das encomendas online recebidas (97%) e efectuadas (90%) pelas empresas que usam a Internet para este fim.

O INE estima ainda que 38% das empresas utilizam as redes sociais “como estratégia de ligação a clientes, fornecedores ou parceiros de negócio”. E também neste caso a dimensão da empresas é determinante: acontece com 36% das pequenas empresas, com 47% das médias empresas e com 63% das empresas com mais de 250 pessoas ao serviço.

As redes sociais – como o Facebook ou o LinkedIn – são referidas por 96% das empresas que usam plataformas online como forma de comunicação.

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