Morreu Melissa Mathison, a mente que imaginou E.T. – O Extraterrestre (1982), um dos filmes mais icónicos do cinema norte-americano. A argumentista de 65 anos morreu esta quarta-feira, em Los Angeles, vítima de um cancro neuroendócrino.

“A Melissa tinha um coração que brilhava com generosidade e amor e que queimava de forma luminosa como o coração que deu ao E.T.”, disse Steven Spielberg, realizador do clássico da década de 80, em comunicado.  

O último projecto de Melissa Mathison foi a adaptação ao grande ecrã de The BFG, do escritor britânico Roald Dahl. O filme, cuja realização é de Steven Spielberg, está de momento em pós-produção e tem estreia marcada para 2016. A argumentista nasceu em 1950 e lançou-se em Hollywood com O Cavalo Preto (1979), de Carroll Ballard.

É também conhecida por Kundun (1997), uma biografia de Martin Scorsese sobre o Dalai Lama, e pelo argumento do segmento de Steven Spielberg em Twilight Zone: o Filme (1983), uma adaptação para o cinema da popular série televisiva lançada em 1959.

A produtora de Kundun, Barbara De Fina, disse ao site norte-americano Deadline Hollywood que Melissa “era uma mulher amorosa e é uma grande perda. Era uma escritora maravilhosa”. Enquanto trabalhava no filme de Scorsese, a argumentista tornou-se amiga de Dalai Lama e activista pela liberdade do Tibete. Era membro da direcção da International Campaing for Tibet, uma organização que promove os direitos humanos e civis do povo do Tibete.

Melissa Mathison, cujo trabalho em E.T. lhe valeu uma nomeação para o Oscar de Melhor Argumento em 1983, foi casada com Harrison Ford entre 1983 e 2004, depois de conhecer o actor nas gravações de Apocalipse Now, de Francis Ford Coppola.