Acções da Volkswagen caem mais de 8%

Nova sessão negativa na bolsa alemã depois de o fabricante informar que as novas irregularidades podem afectar 800 mil carros.

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Em Portugal, as vendas das quatro grandes marcas do Grupo Volkswagen foram em Outubro praticamente iguais às do mesmo mês de 2014 PAUL J. RICHARDS/Reuters

As acções da Volkswagen na bolsa de Frankfurt, Alemanha, apresentam nesta quarta-feira uma queda acentuada, depois de a multinacional informar que as irregularidades detectadas nas emissões de dióxido de carbono afectam 800 mil carros.

Os títulos do grupo automóvel alemão recuavam 8,6% cerca das 15h (hora de Portugal Continental), para os 101,5 euros. A acompanhar a tendência negativa estão as concorrentes BMW, a perder 2,83%, e a Daimler, a desvalorizar-se 2,72%.

A Volkswagen deslizou 8% no arranque da sessão, conseguiu abrandar a queda para cerca de 4,5%, mas voltou a acentuar as perdas entretanto, primeiro com uma queda próxima de 6% e, agora, caindo mais de 8%. O principal índice alemão, onde está cotada a Volkswagen, esteve a crescer, mas também entrou em terreno negativo, perdendo 1,03%.

O dia de terça-feira já tinha sido negativo para as acções da fabricante alemã, numa reacção à notícia de que o software fraudulento também abrange motores de maior cilindrada – modelos mais recentes da Volkswagen e da Audi e carros da Porsche.

A descida das acções nesta quarta-feira acontece já depois de a Volkswagen informar que investigações internas apuraram a existência de “irregularidades” nas emissões, desta vez de dióxido de carbono, que poderão afectar cerca de 800 mil automóveis. O grupo, que já tinha assumido uma provisão de 6,5 mil milhões para fazer face a despesas relacionadas com o caso de fraude, fez agora saber que “uma estimativa inicial põe o risco económico em aproximadamente dois mil milhões de euros”.

Na terça-feira ficou a saber-se que, em Portugal, as vendas das quatro grandes marcas do Grupo Volkswagen foram em Outubro praticamente iguais às do mesmo mês de 2014. No primeiro mês em relação ao qual há dados completos depois de rebentar o escândalo da fraude das emissões, as vendas tiveram um crescimento que não chega a 1%, muito abaixo do total do mercado, que subiu 16%.

Em conjunto, Volkswagen, Skoda, Audi e Seat venderam no mês passado 2796 automóveis ligeiros (o que inclui uma pequena parcela de veículos comerciais), apenas mais 20 carros do que em Outubro do ano passado. A marca Volkswagen, a maior das quatro, viu as vendas descerem 3%, ao passo que na Seat a queda foi de 33%. Pelo contrário, a Audi cresceu 40% e a Skoda, 9%.

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