O alargamento e exploração de universos da ficção-científica e fantasia são uma parte cada vez mais essencial da indústria. Novelas que alargam o conhecimento de um dado universo audiovisual, comics que exploram novas facetas de um planeta, espécie ou era, videojogos que colocam os fãs no próprio mundo que consomem. E James Cameron, que está a trabalhar nos três filmes que se seguirão ao blockbuster de todos os blockbusters, sabe-o bem. Avatar, uma das primeiras grandes apostas no renascer do 3D no Natal de 2009, fez 2,3 mil milhões de euros nas bilheteiras de todo o mundo e a sua rentabilização está a pleno vapor.

Na Comic Con de Nova Iorque - que se tornou já numa espécie de evento não oficial da rentrée televisiva americana, além da habitual montra de novos projectos da BD e do cinema do fantástico ao sci-fi, passando pelo horror ou pela manga perante uma concentração de fãs vestidos a rigor – Cameron precisou que a nova série de livros vai “mostrar mais na mitologia e na história” do franchise cinematográfico, cujo pano de fundo é Pandora e cujos habitantes são os azuis Na’vi.

A Dark Horse serviu também de casa às extensões ou versões em BD de outros universos e obras de Cameron, que escreve, realiza e produz, como Exterminador Implacável ou Aliens. “Estou entusiasmado porque até ao lançamento da primeira sequela [de Avatar], a Dark Horse vai trazer-vos novas aventuras de Pandora – abarcando a época antes, durante e depois dos acontecimentos do filme” de 2009.

Cameron vai ainda aliar-se ao escritor de ficção científica e professor Steven Gould (autor de Jumper, Analog ou de Impulse) para uma série de quatro romances em torno de Avatar. “Uma das luzes mais brilhantes na ficção científica contemporânea”, segundo diz Cameron num comunicado, em que detalha que ambos já estão a trabalhar em conjunto e com os argumentistas das sequelas (Josh Friedman, Rick Jaffa, Amanda Silver e Shane Salerno) previstas para “expandir o universo de Avatar”.