Irlanda coloca a França no caminho dos All Blacks
Os irlandeses, que venceram de forma justa os franceses, vão defrontar nos quartos-de-final a Argentina, em Cardiff.
O duelo entre irlandeses e franceses, no Millennium Stadium, confirmou que a selecção comandada por Joe Schmidt está uns bons furos acima do “XV de France”. Apesar de todas as contrariedades que tiveram durante o jogo, com as lesões de três jogadores fundamentais (Jonathan Sexton, Paul O´Connell e Peter O'Mahony), a Irlanda mostrou consistência e dominou quase sempre o adversário.
A primeira parte acabou por ser muito táctica, com as duas equipas a arriscarem pouco, mas depois de chegar ao intervalo a ganhar por apenas três pontos (9-6), a Irlanda acabou com a resistência francesa na segunda parte. Com ensaios do defesa Rob Kearney e do formação Conor Murray, os “verdes” selaram, com justiça, o triunfo.
Apesar da vitória, Joe Schmidt ganhou algumas dores de cabeça. O neozelandês que lidera a Irlanda terá muitos problemas para resolver para o duelo com a Argentina. Para além das possíveis ausências de Sexton, O'Mahony e O´Connell, os irlandeses vão ficar, muito provavelmente, sem Sean O’Brien: o terceira-linha agrediu Pascal Papé com um murro na barriga e, apesar de o árbitro Nigel Owens não ter visto, não deverá escapar a um castigo.
Quanto à França, que voltou a mostrar pouco, terá novo reencontro com os All Blacks. O favoritismo estará todo do lado neozelandês, mas na memória de Richie McCaw, Dan Carter e companhia estará, com toda a certeza, um jogo realizado há oito anos: No Mundial 2007, no mesmo palco do jogo do próximo sábado, a super-favorita Nova Zelândia foi afastada nos quartos-de-final pelos franceses.
Nos restantes jogos disputados neste domingo, a Itália ganhou, mas despediu-se da prova com uma exibição cinzenta contra a Roménia: 33-22. A Argentina, mesmo tendo poupado quase todos os habituais titulares, não teve problemas contra a Namíbia (64-19), enquanto o Japão, a grande revelação da competição, voltou a deixar uma excelente imagem e despediu-se da competição com uma vitória frente aos Estados Unidos, por 28-18.