Fundação Sindika Dokolo apoia Câmara do Porto com 120 mil euros

Beneficiários são o Fórum do Futuro e o programa de arte pública da cidade.

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Sindika Dokolo recebeu, este ano, a medalha municipal de Mérito, Grau Ouro Maria João Gala

Os beneficiários da fundação que tem o nome do empresário Sindika Dokolo, casado com Isabel dos Santos, são o Fórum do Futuro, que a autarquia organiza pela segunda vez, e o programa de arte pública lançado este ano. O apoio é garantido “sem contrapartidas do município”, refere a proposta a que o PÚBLICO teve acesso.

A maior fatia do apoio – 70 mil euros – é para o Fórum do Futuro, um festival dedicado ao pensamento contemporâneo que teve a 1.ª edição no ano passado, em Novembro, e que se propõe a levar ao Porto “reputados especialistas internacionais, muitos dos quais pela primeira vez se deslocam a Portugal”. Sob o chapéu do pelouro da Cultura da Câmara do Porto, o fórum conta com propostas da Universidade do Porto, do Instituto Politécnico do Porto, da Casa da Música, da Fundação de Serralves e do Teatro Nacional São João. Em Junho, Fernando Alvim, vice-presidente da Fundação Sindika Dokolo, já anunciara a intenção de apoiar este fórum, no âmbito da apresentação do plano de actividades que a instituição queria pôr em marcha na cidade.

Já o programa de arte pública, lançado em Fevereiro deste ano, com a colocação do painel “À Cidade”, de Fernando Lanhas, no Túnel da Ribeira, deverá receber o apoio de 50 mil euros da fundação africana. O programa, iniciado numa cidade “rica em arte pública” – conforme se lê na proposta –, e que deverá dar origem a um roteiro de arte pública até ao final deste ano, propõe-se a “aumentar ainda mais esta riqueza, valorizando não só o centro histórico do Porto, mas todo o seu território, dotando a cidade de um grande museu de arte contemporânea ao ar livre”.

Sindika Dokolo recebeu, este ano, a medalha municipal de Mérito, Grau Ouro, por ter anunciado que iria patrocinar a apresentação, no Porto, da exposição You Love me, You love me not. Inaugurada a 5 de Março, na Galeria Municipal Almeida Garrett, a exposição de arte contemporânea esteve na cidade até Maio e aquando da inauguração, Fernando Alvim anunciou que esta pretendia instalar a sua “nova antena mundial” no Porto.

Na altura, apontava-se um prazo curto – cerca de duas semanas – para que fosse identificado o edifício onde a fundação se poderia instalar na cidade, e foram mesmo avançadas algumas hipóteses, como o Palacete Pinto Leite (que a câmara pôs, entretanto, à venda), a Casa Manoel de Oliveira (também disponível para alienação) ou o Palácio das Artes da Fundação da Juventude. Contudo, até agora ainda não é conhecida a escolha definitiva da fundação Sindika Dokolo ou, sequer, se ela já está tomada.

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