Há mais dois casos suspeitos de botulismo
Há cinco doentes internados, mas só três casos estão já confirmados
“Os doentes apresentam um quadro clínico compatível com botulismo alimentar, mas é necessário aguardar pelos resultados das análises, não é fácil perceber se têm ou não a toxina [em questão] no sangue ou nas fezes", explicou Francisco George.
Num comunicado conjunto divulgado no sábado, a DGS e outras entidades (a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, a Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária e Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge) adiantaram que mandaram retirar do mercado os produtos à base de carne e de queijo comercializados com a marca “Origem Transmontana” que se supõe terem originado os casos já confirmados casos desta doença que é rara mas pode matar.
As notícias estão a afectar as vendas de enchidos da região de Trás-os-Montes, como a conhecida alheira de Mirandela, apesar de as autoridades sublinharem que está apenas em causa esta marca. "Não são os produtos de origem transmontana, é apenas a "Origem Transmontana" que está aqui em causa", frisa o director-geral.
O responsável pela empresa “Origem Transmontana”, Luís Portugal, ex-concorrente do programa televisivo MasterChef, assegurou entretanto ao “Jornal de Notícias” que "não são de produção própria” as alheiras que estariam contaminadas, mas escusou-se a adiantar mais detalhes.
O botulismo alimentar é uma doença que ocorre na sequência da ingestão de comida contaminada com toxinas e que está associada habitualmente a enlatados, carnes fumadas, conservas de frutas, legumes ou peixes.
O problema é provocado por toxinas produzidas por esporos da bactéria Clostridium botulinum, toxinas essas que se espalham nos alimentos, como uma espécie de veneno.