}

Mais do que um ministério, Costa defende “um governo de cultura”

Candidato do PS reuniu cerca de 200 agentes da cultura num almoço em Lisboa.

Fotogaleria
António Costa entre Pilar del Río e Joana Vasconcelos Fotos Paulo Pimenta
Fotogaleria
Costa com o actor José Wallenstein
Fotogaleria
Costa com Manuel João Vieira
Fotogaleria
Fotogaleria

O apelo surgiu já depois do socialista ter defendido a importância da cultura para o desenvolvimento do país. Foi isso que o levou a dizer que “mais importante que um ministério, é termos um governo de cultura”, capaz de tratar “transversalmente” a matéria. “Ao Estado e ao Governo não cabe ter uma política de gosto. É obrigação do Estado contribuir para a criação de oportunidades para que todos tenham gosto pela cultura”, disse o socialista.

As palavras de Costa surgiram depois da artista Joana Vasconcelos ter defendido a instituição de um ministério para o sector e até mesmo a assunção da cultura como a “primeira das prioridades”, depois das críticas ao actual Governo.

Passos Coelho foi mais visado na intervenção do programador António Pinto Ribeiro, que denunciou a “barbárie cultural” em curso. Por seu turno, a responsável pela fundação Saramago preferiu explicar porque apoiava Costa. Era pelo “factor humano”, porque até havia “boas alternativas na esquerda portuguesa”.

Entre os participantes no almoço contam-se os fadistas Carlos do Carmo e Camané, os actores Paulo Pires e Diogo Infante, o musicólogo e ex-governante Rui Vieira Nery ou a escritora Alice Vieira.

Foi assim uma intervenção que fugiu ao guião que Costa costuma seguir nos seus discursos. Tal como acontece sempre na campanha socialista, onde ocorre todo o dia um pormenor que escapa ao previsto. Das cerca de 200 pessoas previstas para comparecer, houve quem não surgisse. E depois, há aquelas situações completamente fora da caixa.

Como a protagonizada pelo realizador de cinema, António Pedro Vasconcelos. Poucos momentos antes de Costa chegar, o cineasta apareceu em alta velocidade, conduzindo o seu Jaguar no passeio pedonal que separa o restaurante do Tejo. A situação caricata piorou quando Vasconcelos se viu travado por dois jornalistas da RTP que aproveitavam o local para fazer um directo com vista para o rio. O realizador não encontrou melhor sítio para esperar a não ser, precisamente, ao lado do jornalista, que teve de fazer o seu trabalho com um automóvel carburando a escassos centímetros da sua pessoa.

“Eu não vou lá para os seus sets interromper-lhe as filmagens, pá!”, gritava o jornalista António Esteves perante o descarado desinteresse do artista.

Costa atropelado, amassado e levantado do chão

Sugerir correcção
Ler 5 comentários