Eis um novo rapper no hip hop nacional. Eis Weis. E segundo o portuense Gustavo Sousa, se já alguns amigos lhe chamavam assim, logo, foi o nome a adotar para “brincar com as palavras”. Mas agora que se apresenta mais seriamente ao público, convidou dois amigos (Miguel C. Tavares e Nuno Pimenta), que são arquitetos mas sabem à séria de vídeo, para... brincar com as imagens. Denotando já uma constatação da realidade dos tempos: em vez de se trabalhar num álbum inteiro, produz-se um tema e um videoclipe. E assim se divulga hoje a música e a personagem artística que dela emana. Sendo a de Weis uma construção ficcional de alguém que sobrepõe o lado positivo da vida ao negativo (Aids é figurativo). Ou que a vive dentro duma banana. Uma atitude e um universo que é até favorável ao mundo novo em que os videoclipes navegam, movidos a braçadas de partilhas. Tal como já aqui dissemos, o humor tende a alcançar aí boas milhas, mas convém realçar a diferença de o conseguir recorrendo a vários cenários e neles encenar situações absurdas ou irónicas. Do que apenas filmar a performance rap sobre fundo branco. Compare-se por exemplo com o vídeo de um nome emergente do hip hop nacional, a GROGNation, que curiosamente nos adicionaram na mesma semana à nossa plataforma.

Texto escrito segundo o novo Acordo Ortográfico, a pedido do autor.