A pensar nos surdos, BE tem programa em língua gestual portuguesa

Catarina Martins defende ensino de língua gestual portuguesa nas escolas.

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Daniel Rocha

Quando a porta-voz entra na sala, o grupo agita as mãos. São palmas. A candidata cumprimenta-os, é um dos gestos que conhece. Para tudo o resto que quer transmitir precisa de uma intérprete. Essa é, aliás, a razão pela qual o Bloco defende no programa eleitoral o ensino de língua gestual portuguesa nas escolas. Para Catarina Martins, o país deve ter políticas que assegurem uma cidadania plena e que permitam a comunicação entre toda a gente.

Além disso, garantem lutar para que todas as televisões tenham também intérpretes e para que não haja cortes nos apoios às pessoas com deficiência.

A intérprete de língua gestual portuguesa Ana Sofia Fernandes conta que, por ser filha de pais surdos, tem de faltar ao trabalho cada vez que precisam de ir ao médico. Outra dificuldade, por exemplo, é aceder ao número nacional de emergência.

O presidente da associação, Jorge Rodrigues, queixou-se da visão que o Governo tem sobre os apoios que devem ser prestados a estas pessoas e que não devem ficar exclusivamente do lado das famílias ou das associações, o Estado tem responsabilidades. Catarina Martins não podia estar mais de acordo.

Nesta associação, a porta-voz do Bloco, acompanhada pelos candidatos Mariana Mortágua e Pedro Filipe Soares, ouviu ainda a história de um casal de mulheres, em que uma tem um filho e a outra está grávida. Pela lei, cada uma é mãe só de uma daquelas crianças, mas o que elas queriam era serem ambas mães das duas. Catarina Martins garantiu-lhes que o tema está no topo das prioridades do Bloco e é um “compromisso” logo para o início da legislatura. “Não tenho dúvidas nenhumas que são mães por inteiro dos vossos filhos”, disse-lhes. 

 

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