Rui Rio acusa a Comunicação Social de contribuir para degradar a democracia

Ex-autarca do Porto volta a criticar os meios de comunicação e diz que há "défice de qualidade e rigor".

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Rio critica congelamento de salários e despedimentos na comunicação social Rui Faria

Rui Rio começou por sublinhar que "não há democracia sem liberdade de imprensa", e repudiou a censura. No entanto, voltou a dizer que a comunicação social em Portugal não está a cumprir as suas obrigações de relatar com “verdade, rigor, isenção e independência”. Rio deu dois ou três exemplos, mas poderia dar os muitos que viveu durante 22 anos de política activa, disse.

O ex-presidente da Câmara do Porto justificou as suas críticas dizendo que há “défice de qualidade e rigor”, “falta de isenção”, que a actuação dos media tem “muito fraco sentido de Estado” e reconheceu as grandes dificuldades financeiras deste sector. "O Jornal de Notícias vendia 120 mil em 2001. Hoje vende 50 mil. Cortam salários, despedem pessoas. A pensar no dia de amanhã, congelam o futuro", exemplificou.

"Uma das consequências mais graves, no meu ponto de vista, é que a comunicação social está a alienar um poder muito grande, vulgarizando-o, de denunciar o que está de facto mal", afirmou o ex-autarca. "É um poder vital em democracia. Para que uma vez investigado e uma vez posto cá fora seja de facto penalizador. Hoje, verdade ou mentira, tudo é escândalo. Quando tudo é escândalo nada é escândalo. Andar a dizer que na politica é tudo corrupto ainda é uma mentira", argumentou.

Para concluir, Rui Rio disse que “a comunicação aocial não é a culpada pela degradação da democracia”, mas “tem uma quota parte de responsabilidade muito grande”.

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