Huawei apresenta topo de gama de olho na Apple e na Samsung
Marca chinesa entrou no mercado dos relógios inteligentes.
O Mate S foi apresentado nesta quarta-feira, na feira de tecnologia IFA, em Berlim. Tem um ecrã de 5,5 polegadas, uma estrutura em metal, câmara de 13 megapixels e leitor de impressão digital. O preço varia, consoante a capacidade de armazenamento de 32 ou 64GB, entre os 649 e os 699 euros – é o mais caro modelo da marca até à data.
“O nosso objectivo ao desenhar o Huawei Mate S foi desenvolver um smartphone que oferecesse uma experiência personalizada, em vez de uma indistinguível [do resto do mercado]”, afirmou o presidente executivo da unidade de consumo da empresa, Richard Yu, numa afirmação que aponta para um caminho diferente do de há uns anos.
A marca chinesa tornou-se conhecida dos consumidores pelos modelos de média e baixa gama, bem como pelos telemóveis que fabrica para serem comercializados sob as marcas dos operadores de telecomunicações. A empresa, contudo, tem vindo a apresentar telemóveis de marca própria destinados a segmentos mais altos do mercado. O anterior topo de gama da Huawei custa cerca de 500 euros.
De acordo com a analista IDC, a Huawei tinha no segundo trimestre uma quota de mercado de 9%, resultado de um crescimento anual de 48%. Ainda assim, longe dos lugares cimeiros: a Apple tem uma fatia de 14% e a Samsung, de 22%.
Tal como a maioria dos fabricantes, a grande maioria dos telemóveis da Huawei usam o sistema operativo Android. Muitas marcas esforçam-se por introduzir novidades na interface do sistema que as distingam da concorrência. O Mate S inclui uma funcionalidade que a empresa já estreou este ano: o telemóvel distingue entre toques e gestos feitos com a ponta do dedo e os que são feitos com os nós dos dedos, permitindo ao utilizador realizar acções diferentes.
A empresa anunciou também ter começado a vender um relógio inteligente, com preços entre os 399 e os 699 euros, que diz ser inspirador pela relojoaria suíça. O aparelho será vendido em alguns países europeus, bem no Japão, EUA e Canadá, mas, por ora, não em Portugal.