Vice-presidente dos EUA admitiu estar a pensar candidatar-se à Casa Branca
Joe Biden admitiu pela primeira vez que pondera fazê-lo. Mas o seu nome já está em sondagens, e os números são-lhe favoráveis.
"Estamos a falar disso lá em casa - se neste momento tenho ou não energia emocional para me candidatar", disse, citado pela CNN, que teve acesso ao conteúdo da sessão. "Acreditem quando vos digo que, com a minha família, tenho dedicado muito tempo a esta decisão".
Beau, o filho mais velho de Biden, morreu de cancro em Maio, aos 46 anos. Para o vice-presidente, foi uma segunda tragédia familiar — a sua primeira mulher e filha morreram num acidente de automóvel pouco depois de Joe Biden ter sido eleito para o Senado, em 1972.
Apesar de ainda não haver uma decisão, o nome de Biden já é referenciado nas sondagens e a que foi publicada nesta quinta-feira mostra que o vice-presidente teria melhor resultado do que Hillary Clinton na disputa da chefia de Estado contra o adversário republicano. A sua margem de favoritismo é maior do que qualquer outro, democrata ou republicano.
A sondagem, realizada pela Quinnipiac University, é nacional e revela que Clinton ainda está na frente como candidata democrata, com 45% de intenções de voto, mas a sua vantagem em relação ao segundo classificado, Bernie Sanders (22%), diminuiu dez pontos. Biden conseguiu 18%.
No campo republicano, Donald Trump surge mais distante dos adversários do que em sondagens anteriores feitas por outros organismos. Tem 28% das intenções de voto, seguindo-se Ben Carson (12%) e Jeb Bush, Ted Cruz e Marco Rubio, todos com 7%.
Mas Trump é também o candidato rejeitado por mais eleitores que disseram ser do Partido Republicano (26% escolheram a opção "nunca votaria nele"); no campo democrata, 11% disseram o mesmo de Hillary.
Se Trump se apresentar como independente, havendo mais dois candidatos, Bush pelos republicanos e Hillary pelos democratas, a antiga secretária de Estado venceria as eleições preseidenciais que se realizam em Novembro de 2016, com 40% dos votos. Trump e Bush dividiriam o restante eleitorado, com 24% cada um.