Judeu ultra-ortodoxo esfaqueia seis pessoas em Jerusalém

Vítimas desfilavam na marcha do orgulho gay anual. Primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, condena "incidente da maior gravidade".

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Dois dos feridos ficaram em estado grave Amir Cohen/Reuters

"Eu vi um jovem ultra-ortodoxo a esfaquear toda a gente que estava à sua frente", disse a testemunha Shai Aviyor ao Canal 2 da televisão israelita. "Ouvimos pessoas a gritar, toda a gente tentou fugir, e vimos pessoas a sangrar, no chão", disse a mesma testemunha.

A marcha, que este ano contou com a participação de cerca de 5000 pessoas, tem sido um foco de tensão entre a maioria secular de Israel e a minoria ultra-ortodoxa, que se opõe à manifestação pública da orientação sexual.

Em Telavive, a marcha do orgulho gay costuma decorrer sem problemas, mas em Jerusalém, onde a população religiosa é mais proeminente, já houve vários casos de violência.

Oded Fried, dirigente de um dos grupos que organizaram a marcha, disse à agência Reuters que o ataque desta quinta-feira não vai travar o movimento pelos direitos dos homossexuais. "A nossa luta pela igualdade apenas vai intensificar-se por causa deste acontecimento", disse o mesmo responsável.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, também reagiu ao ataque: "É um incidente da maior gravidade. Vamos julgar os responsáveis até ao limite da nossa lei. A liberdade de escolha individual é um valor fundamental de Israel."

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