A Igualdade na tomada de decisão
É preciso acabar com a ideia de que as mulheres servem para trabalhar mas não para liderar.
As sociedades mais evoluídas são aquelas em que homens e mulheres partilham em igualdade o espaço público e o privado, tendo iguais direitos à realização profissional, à progressão na carreira e a salário igual para trabalho igual.
É mais do que tempo de garantir às mulheres portuguesas o exercício pleno da igualdade em todos os domínios da vida, o que exige políticas públicas que influenciem a família, a educação, a economia e o emprego, o desporto e a cultura, num projeto dinâmico virado para a justiça social e o desenvolvimento sustentado na boa tradição da prática dos Governos do Partido Socialista.
Assim, a Igualdade na tomada de decisão visando o equilíbrio de género na partilha de poder e na tomada da decisão politica, no acesso ao poder económico e financeiro e na sociedade do conhecimento e informação devem, têm de constituir um desígnio da próxima governação.
Não, o PS, não se esqueceu, não fez de conta que a questão não existe.
Mais uma vez, demonstrou que continua a ser um partido progressista, aberto e atento à modernidade.
Por isso, na “Agenda Para a Década” e no Programa Eleitoral do PS a busca de uma sociedade mais igual está bem vincada (ponto 19. P.83).
“O PS desenvolverá uma política de garantia da igualdade entre homens e mulheres (…) É preciso promover a participação das mulheres em lugares de decisão”.
Em pleno século XXI não pode haver lugar para a marginalização das mulheres da vida política e democrática, não pode haver espaço para desigualdades de género na repartição do poder económico e político ou a estereótipos a nível de comportamento que derivam do papel social da mulher e do homem.
A igualdade exige repor de maneira positiva e dinâmica, as estruturas do poder estabelecido e os papéis estereotipados de ambos os sexos, por forma a atingir uma mudança estrutural a todos os níveis, para, finalmente, atingir uma nova ordem social.
A sociedade precisa de uma participação mais ativa das mulheres nos processos de tomada de decisão. A crise financeira e económica representa uma oportunidade única para se fazerem mudanças estruturais importantes na arquitetura macroeconómica e financeira da UE.
É preciso acabar com a ideia de que as mulheres servem para trabalhar mas não para liderar. As mulheres não podem ficar mais gerações à espera da mudança de mentalidades e da autorregulação do sistema.
Promover a igualdade de oportunidades entre os homens e as mulheres é assegurar para as futuras gerações um modelo de sociedade mais saudável, onde todos exercem os seus direitos e os seus deveres numa perspetiva humanista mais adequada à modernidade que temos ao nosso alcance.
Será assim com António Costa! Será assim com o PS!
Presidente da CM de Odivelas, Dirigente do PS