Exército do Peru liberta grupo preso pelo Sendero Luminoso há 25 anos

Alguns estavam "tão habituado à sua vida junto do grupo marxista que inicialmente estava relutantes em ser salvos", disse o vice-ministro da Defesa.

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Imagem do grupo libertado divulgadas pelo Ministério peruano da Defesa AFP

Os 13 adultos e as crianças estavam num vale dos Andes, revelou o Governo, de onde foram retirados de helicóptero.

O grupo, disse o vice-ministro da Defesa do Peru, Ivan Vega, citado pelo jornal britânico The Guardian, trabalhou em regime de escravatura em comunidades da montanha e "estava tão habituado à sua vida junto do grupo marxista que inicialmente estava relutante em ser salvo".

O mais velho dos cativos é uma mulher de 70 anos que foi raptada num convento em Puerto Ocapa. O mais jovem tem um ano. Segundo as informações foenecidas pelo exército, muitas das crianças foram concebidas em violações das raptadas. Outras foram raptadas em aldeias, foram endoutrinadas e postas a trabalhar nos "campos de produção" que abastecem os guerrilheiros, que iniciaram uma revolução armada no país nos anos de 1980 para estabelecerem uma ditadura do proletariado.

Na operação militar em Apurimac, uma zona de floresta densa, no dia 23 de Julho, participaram 120 soldados e quatro helicópteros.

O Governo peruano considera que derrotou o Sendero na década de 1990 depois de anos de conflito em que morreram ou desapareceram quase 70 mil pessoas - em 1992, o exército prendeu o líder da guerrilha, Abimael Guzmán, que foi julgado e condenado a prisão perpétua. Mas ainda há bolsas activas do Sendero, liderado pelos irmãos Victor e Quispe Palomino, que são procurados nos Estados Unidos por tráfico de droga.

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