Entre o Pedro e o Miguel, Jardim andou por ali

Passos Coelho percorreu as barracas de comes e bebes. Brindou. Bebeu em algumas, fingiu noutras, e preferiu a tradicional carne de vinho e alhos à dose de coelho.

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Alberto João Jardim não discursou, mas a sua presença fez-se notar Gregório Cunha

Bem mais comedido do que em anos anteriores, Jardim chegou a cruzar-se com Passos e Albuquerque, quando estes faziam a segunda parte da ronda pelos 54 stands representativos de todas as freguesias madeirenses.

"A minha vinda não tem qualquer intuito político, foi a hora que pude vir”, justificou, acrescentando: “Não podia deixar de faltar à festa que eu fundei e do partido que eu ajudei a fundar".

Sem revelar o teor da conversa que teve com Passos e Albuquerque, com quem não tem boas relações, Jardim fez questão de sublinhar que a presença ali não significa um apoio à coligação. "Essa é outra conversa que não é para aqui, que hoje é dia de festa", disse, sublinhando que não tinha ido à XXXII Festa do PSD-Madeira para promover a candidatura presidencial.

"Não é o Chão da Lagoa que não é nada sem Alberto João jardim, é o Alberto João Jardim que não é nada sem vir ao Chão da Lagoa", disse respondendo à provocação de um popular.

Antes, Pedro Passos Coelho acompanhado de Marco António Costa, Miguel Albuquerque e Sara Madrugada, cabeça de lista pela Madeira às legislativas de Outubro, cumpriram a tradição visitando as várias barracas do recinto, que pertence à Fundação do PSD-Madeira. “A festa está bonita”, disse o líder do partido, recordando que a única vez que tinha estado no Chão da Lago era ainda presidente da jota.

Foi nessa altura que conheceu Miguel Albuquerque, também ele ex-presidente da JSD-Madeira, daí que a ronda – interrompida para os discursos e retomada após descerem do palco -, fosse ainda mais informal do que o habitual. Foi Miguel para aqui. Pedro para acolá.  Dois “velhos amigos” numa festa tradicional madeirense, em que a selfies foram muitas, a primeira com o humorista madeirense ‘Cumpadre José’, o que desconcertou os agentes da PSP que faziam a segurança a Passos.

Bastante solicitado, o líder que no mesmo local em 2014 foi alvo de muitas críticas, demorou-se na barraca da JSD-Madeira. Cantou e saltou ao som da música “quem não salta, não é da jota”, e seguiu caminho por entre a multidão que o segurava para mais fotos e alguns desabafos.

Provou poncha, brindou com cerveja. Bebeu e fingiu que bebeu. Passos Coelho sai do Chão da Lagoa com apoio reforçado no PSD madeirense.

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