Para José, à terceira foi de vez
Nas vésperas do exame de Matemática, o PÚBLICO ouviu cinco alunos naquela situação. Dos quatro que conseguiu contactar nesta segunda-feira, todos atingiram os seus objectivos.
Este ano, várias pessoas alertaram para o problema de alunos que ano após ano ficam presos, especificamente, por Matemática. “Muitos dos alunos que não fazem [a disciplina] à primeira desistem, desaparecem do sistema, provavelmente ficam com o secundário incompleto”, comentou recentemente Alcides Sarmento, director da Secundária de Moimenta da Beira, depois de analisar o percurso de alunos naquela situação.
Nas vésperas do exame de Matemática, o PÚBLICO ouviu cinco alunos naquela situação. Dos quatro que conseguiu contactar nesta segunda-feira, todos atingiram os seus objectivos. Joana, que tal como José era aluna interna da Secundária Rainha D. Amélia, teve 13 valores a Matemática (em 20). E Rodrigo, que estava preso por em 2014 não ter alcançado o 9,5 exigido para utilizar a disciplina como específica no acesso ao ensino superior, ficou com 12,9. Gustavo não chegou à positiva no exame, mas conseguiu o suficiente no exame (que vale 30% da classificação final interna), para seguir para o superior.
Não há dados estatísticos sobre o número de estudantes que ficam presos ao secundário por apenas uma disciplina. Muitos aproveitam para se inscreverem não só àquela a que chumbaram, mas também a outras cadeiras de opção, para tentar subir a média da classificação interna; outros nem sequer são oficialmente alunos da disciplina que mais os aflige, como os que procuram atingir o 9,5 necessário na específica para acesso ao superior.