Passos Coelho considera que "integridade do euro" não está em causa

O chefe do Governo comentou, na Guiné-Bissau, o resultado do referendo que deu a vitória do "não" às propostas dos credores.

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"A integridade do euro não está em causa e não creio que o resultado deste referendo ponha em causa, nem a zona euro, nem a integridade do euro", referiu Pedro Passos Coelho.

O líder do Governo português falava em Bissau, onde está em visita oficial, à saída de um encontro com o primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira. "Creio que na União Europeia, nos últimos cinco anos, já passámos por situações bem mais complexas" e hoje existe "uma capacidade de responder e gerir situações de crise que não existia" na altura, acrescentou.

Para Pedro Passos Coelho, não pode haver retrocessos: "Não acredito que depois de tudo o que passámos que se possa pôr em questão a integridade do euro". Face ao resultado do referendo de domingo, na Grécia, o primeiro-ministro conclui que "mostra claramente que o povo grego não está interessado nos moldes que foram apresentados para as negociações que se desenrolaram entre as instituições da troika e o Governo grego. E devemos respeitar essa vontade".

"Agora cabe ao governo grego saber como quer conduzir a situação do seu próprio país. Nós não podemos ingerir nos outros Estados. Nem Portugal, nem nenhum outro país da UE tem o direito de estar a impor soluções à Grécia", sublinhou.

Passos Coelho considera que, nesta altura, "cabe à Grécia escolher se quer ou não permanecer no euro e se quer ou não quer ter apoio externo nas condições que as regras do euro exigem". E concluiu: "Julgamos que agora eles é que têm a palavra. Não entendo que seja útil estar a adiantar seja o que for, porque cabe ao governo grego saber com quer resolver os problemas da Grécia e ir ao encontro das expectativas dos gregos."