João Gil, Luís Represas, Manuel Faria, Artur Costa, João Nuno Represas, Zé Martins, Fernando Júdice e José Salgueiro deram por terminada a vida dos Trovante em 1991 mas ao longo do tempo foram-se reunindo aqui e ali para alguns concertos. É isso mesmo que vai voltar a acontecer neste Verão quando os músicos subirem ao palco da edição deste ano das festas de Cascais.

A última vez que a icónica banda portuguesa actuou em conjunto foi em 2011 para assinalar o 35º aniversário da sua formação. Nesse mesmo ano, esgotaram os Coliseus de Lisboa e do Porto e foram ainda agraciados com a Medalha de Mérito Municipal de Grau de Ouro da Câmara Municipal de Lisboa. Um ano antes, a banda de Luís Represas e João Gil subiu ao palco do Rock in Rio, Lisboa.

Os Trovante, que são considerados um dos mais importantes nomes da música portuguesa, editaram o primeiro longa-duração em 1977, Chão Nosso, um disco marcado pela revolução do 25 de Abril que tinha acontecido apenas três anos. Deste trabalho, saíram canções como Chão Nosso, Muralha de Ombros, Engrenagem ou Alto e bom som. No ano seguinte lançaram o álbum Em Nome da Vida, que os confirmou como um nome a ter em conta na música de intervenção da época.

Já na década de 1980, a banda editou uma série de trabalhos. Começou com Baile no Bosque, disco que nos deu temas como Balada das Sete Saias e Outra Margem, até Cais das Colinas, que incluía no seu alinhamento Saudade, canção que ainda hoje ouvimos na rádio, 84, Sepes e Terra Firme, o álbum com as celebradas Perdidamente (letra retirada do poema Ser Poeta de Florbela Espanca) e 125 Azul.

Em 1988, mais de dez anos depois de se terem formado, e já com estatuto de gigantes da música portuguesa, os Trovante anunciam um concerto especial para o Campo Pequeno, em Lisboa, e aí gravam um disco ao vivo que rapidamente chegou a platina.

Seriam os últimos anos da banda portuguesa, que já só editou Um Destes Dias, em 1990, que incluía a canção Timor, uma das bandeiras contra a ocupação indonésia de Timor-Leste. Um ano depois, anunciavam o fim. Voltariam novamente aos palcos em 1999 a convite do então Presidente da República Jorge Sampaio para as celebrações dos 25 anos do 25 de Abril.

Organizadas pela Câmara desde 1965 em honra de Nossa Senhora dos Navegantes, a protectora dos pescadores, as Festas do Mar, que  são um dos pontos altos do Verão em Cascais. Incluem espectáculos diários, mostras de artesanato e tasquinhas de comida em vários pontos da vila como a zona da Baía, o Jardim Visconde da Luz e o Largo Cidade Vitória. As festas decorrerm entre 21 e 30 de Agosto. Todos os dias há concertos gratuitos mas a Câmara de Cascais não anunciou ainda o cartaz.