Estado Islâmico decapita duas mulheres acusadas de feitiçaria
Foi a primeira vez que o grupo terrorista decapitou mulheres civis em público. Os seus maridos tiveram o mesmo destino, tendo as quatro pessoas sido julgadas por “procurar remédios” através de “magia”
“É a primeira vez que a decapitação de mulheres em público, pelo uso da espada, tem lugar na Síria”, disse à Al-Jazeera Rami Abdel Rahman, director do OSDH, organização com sede no Reino Unido e que se dedica à monotorização dos direitos humanos no território sírio. As decapitações aconteceram na cidade de Mayadin, situada na província síria de Deir Ezzor, onde um dos casais foi condenado à morte no domingo, desta forma, e o outro na segunda-feira.
A televisão britânica BBC e a Al-Jazeera noticiaram que não é a primeira vez que o Estado Islâmico decapita mulheres, uma vez que, no ano passado, se verificaram algumas execuções deste tipo de mulheres curdas combatentes. De qualquer forma, as decapitações destas duas mulheres, reportadas pelo OSDH, são os primeiros casos civis tornados públicos.
Segundo o OSDH, as quatro pessoas foram acusadas pelos membros do Estado Islâmico de “procurar e utilizar remédios para a saúde, através de feitiçaria e magia”. A condenação de pessoas sob acusação de feitiçaria, não é um exclusivo do Estado Islâmico, esclarece a BBC. “As autoridades da Arábia Saudita também já condenaram homens e mulheres por acusações semelhantes”, refere a notícia publicada pela estação pública britânica.
O OSDH informou ainda a agência AFP que tinha tido acesso a um vídeo que mostrava um “carrasco, mascarado (…) a proclamar uma oração, antes de decapitar, com um só golpe, um casal ajoelhado”.