Dois dias sobre a luz na ciência, na energia e na arte

Conferência na quinta e na sexta-feira, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, vai reunir investigadores, artistas e empresários.

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A importãncia da luz será abordada nos seus diferentes aspectos Nuno Ferreira Santos (arquivo)

A palestra inaugural, Fotão, a partícula da vida, e os seus primos, será feita por Álvaro Rújula, do CERN (Laboratório Europeu de Física de Partículas, perto de Genebra). De seguida, Pedro Russo, da Universidade de Leiden (Holanda), e André Moitinho, da Universidade de Lisboa, vão falar sobre o projecto Hipparcos da Agência Espacial Europeia, que foi “a primeira missão espacial para medir as posições, distâncias, movimentos, brilho e cores das estrelas”, e a importância do acesso ao céu nocturno.

Na tarde de quinta-feira, haverá duas palestras dedicadas à aplicação directa da luz. A primeira, Armazenando a energia da luz, será sobre a produção de energia a partir da luz ou como “os LED, os painéis solares mais baratos, irão mudar a forma como iluminamos as nossas casas e a vida nos países em desenvolvimento”, lê-se no programa. A segunda palestra será sobre as aplicações da optoelectrónica na saúde, na construção, nas telecomunicações e na indústria do espaço.

A sexta-feira vai ser divida entre a biologia, a história e a arte, e as suas relações com a luz. De manhã, Ricard Guerrero, investigador do centro de Barcelona da Academia Europaea, irá dar uma palestra intitulada O Sol ténue e a Lua brilhante: o desenvolvimento inicial da vida na Terra. De seguida, haverá uma palestra sobre a importância da luz no surgimento da fotossíntese e as suas consequências para a vida na Terra.

À tarde, haverá duas palestras. A primeira conta com Anna Omedes, do Museu de Ciências Naturais de Barcelona, que vai falar sobre a luz na bioluminescência e na comunicação nos animais. A segunda, com Mònica Rius, da Universidade de Barcelona, será sobre Ibn Al-Hazen, o famoso filósofo árabe do século X que contribuiu para o desenvolvimento da óptica.

Ao final da tarde, haverá um debate sobre a luz e a arte que conta com nomes como o realizador João Botelho ou o artista plástico Pedro Cabrita Reis.

A abertura da conferência, O Ano Internacional da Luz e as tecnologias de 2015 à base da luz, contará com Carlos Fiolhais, presidente do comité português do AIL, entre outras personalidades.

Haverá ainda uma homenagem ao ex-ministro da Ciência, José Mariano Gago, que morreu em Abril, feita por Rosalia Vargas, presidente do Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica; um debate sobre a comunicação da ciência à sociedade; e a exibição de um documentário de Rubén Duro sobre Lynn Margulis, bióloga norte-americana que desenvolveu a teoria sobre os fenómenos de simbiose que, durante a evolução, deram origem às células com mitocôndrias, no caso dos animais, e mitocôndrias e cloroplastos, no caso das plantas.

O programa integral da conferência e a inscrição na iniciativa, com entrada livre, estão no site do Pavilhão do Conhecimento.

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