Costa não fecha porta a aumento da idade da reforma
Líder do PS lembra que actual lei já admite a evolução da idade da reforma.
Outra matéria em que evitou assumir um compromisso claro foi em relação aos impostos. Sobre o IRS, António Costa admitiu a intenção de a progressividade mexendo nos escalões de impostos. Com o argumento de que era necessário “permitir à classe média respirar de novo”. Mas não quis balizar essa alteração com a justificação de que só poderia “desenhar os escalões” depois de ter acesso à “informação fina” que só a “máquina fiscal” detém.
Sobre a mais recente sondagem – que colocou pela primeira vez a coligação governamental à frente do PS nas intenções de voto –, o ex-presidente da Câmara de Lisboa desvalorizou os números com a ideia de que “grande parte das pessoas determina o seu sentido de voto no final da campanha eleitoral”.
Durante a maior parte da entrevista, o líder do PS aproveitou para insistir na ideia da prioridade do emprego. "Temos de ter políticas de criação de emprego e eliminar a precaridade", disse por mais de uma vez. E reiterou outra das suas ideias-chave, de que o “relançamento da economia depende de devolver às famílias rendimento”. Foi assim que justificou a descida da TSU para os trabalhadores – onde aproveitou para dizer que não era garantido que a redução temporária por si proposta tivesse que resultar inevitavelmente numa perda no valor posterior da pensão – e a não descida do IRC para as empresas.