Mais de 5000 empresas dão formação profissional a jovens
Cerca de 44% dos estudantes do secundário estão em vias profissionalizantes. Nuno Crato atribui responsabilidade pelo "novo impulso" do ensino profissional à colaboração com a Alemanha.
À margem da conferência, o ministro da Educação e Ciência disse que Portugal está a perceber "as grandes vantagens" do modelo alemão e está a envolver as empresas na formação profissional dos jovens, um caminho que está a ser feito com a ajuda das autarquias e dos institutos politécnicos. "Há já um caminho feito e há um grande número de empresas que aderiram, desde as grandes empresas, como a EDP e a Sonae, até pequenas empresas que têm colaborado connosco", afirmou Nuno Crato.
Para o ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, que também participou na conferência, a formação e a qualificação profissional são factores essenciais para um "crescimento sustentado da economia e do emprego". "Neste momento, Portugal tem de fazer uma grande aposta na educação dos seus jovens mas também na qualificação dos seus activos", defendeu Mota Soares.
Neste âmbito, o ministro lembrou a medida cheque formação, uma modalidade de financiamento directo da formação a atribuir às empresas, aos activos empregados e aos activos desempregados inscritos na rede de centros de emprego e centros de emprego e formação profissional do Instituto do Emprego e Formação profissional (IEFP). Mota Soares explicou que, pela primeira vez, podem ser as empresas, os trabalhadores, os desempregados a "escolher a formação que acham que é melhor para aquela empresa, para a sua carreira profissional e que os ajuda a chegar mais rapidamente ao mercado de trabalho". "Pagamos até 90% da formação com o máximo de 25 horas e, no caso dos desempregados, será pago a 100% com o máximo de 150 horas", sublinhou, defendendo que "a aposta na qualificação e formação dos portugueses é essencial para termos um crescimento sustentado da economia e do emprego".